Faltou trabalho para 26,4 milhões de brasileiros no quarto trimestre de 2017. Esse é o número absoluto de pessoas que integram a força de trabalho subutilizada no país, dado que reúne os que não conseguem emprego, os que trabalham menos do que poderiam, os gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego ou chegaram a procurar emprego, mas não estavam disponíveis para trabalhar.
A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 23,6%, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice representa queda em relação ao trimestre anterior, que ficou em 23,9%, mas acima do mesmo período do ano passado (22,2%).
Entre os trabalhadores subutilizados estão os desalentados (aqueles que podem trabalhar, mas não conseguiram vaga), que representam 4,3 milhões de pessoas. O Nordeste é a região brasileira com mais desalentados, 59,7% do total.
São considerados trabalhadores subocupados 6,5 milhões de brasileiros, aqueles empregados, mas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais.
Os desempregados somam 12,3 milhões de pessoas. São os que procuram emprego, mas não conseguiram nos últimos 30 dias. Nesse grupo, a participação da população preta cresceu de 9,6% em 2012 para 11,9% em 2017.
O restante dos trabalhadores subutilizados são aqueles que podem trabalhar, mas não têm disponibilidade.