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Governo espanhol aprova um ajuste de 27.000 milhões para este ano

Madri, 30 mar (EFE).- O Governo espanhol aprovou nesta sexta-feira o projeto do Orçamento Geral do Estado para 2012 com um ajuste de 27,3 bilhões de euros com o objetivo de reduzir o déficit público de 8,51% para 5,3% como exige a União Europeia (UE). As contas apresentadas respondem à ‘situação limite’ na qual está […]

Por Da Redação
30 mar 2012, 16h07
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  • Madri, 30 mar (EFE).- O Governo espanhol aprovou nesta sexta-feira o projeto do Orçamento Geral do Estado para 2012 com um ajuste de 27,3 bilhões de euros com o objetivo de reduzir o déficit público de 8,51% para 5,3% como exige a União Europeia (UE).

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    As contas apresentadas respondem à ‘situação limite’ na qual está a Espanha, afirmou a vice-presidente primeira e porta-voz do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, ao anunciar em entrevista coletiva o maior plano de ajuste realizado nos 35 anos de democracia espanhola.

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    O projeto estabelece um corte de 16,9% na despesa média dos ministérios, que no caso do departamento de Relações Exteriores e Cooperação experimentará uma redução de 54,4%, seguido de Fomento (obras públicas), com 34,6%; Indústria, Energia e Turismo, 31,9%; e Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, 31,2%.

    Abaixo da média de 16,9% fica Saúde, Serviços Sociais e Igualdade, com 13,7%. Sofrem menos cortes Defesa (8,8%); Emprego e Seguridade Social (7,4%); e Justiça (6,3%); enquanto Educação terá uma redução de 21,2%.

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    O projeto das contas para este ano mantém a atualização das pensões dos aposentados, congela e não reduz o salário dos funcionários e preserva as prestações para os desempregados e as bolsas de estudo.

    A Espanha tem a taxa de desemprego mais alta da UE, com 5,2 milhões de desempregados, 23% da população ativa, que no caso dos mais jovens ronda os 48%.

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    O vice-presidente anunciou que não haverá alta do IVA ‘para não prejudicar o consumo’, e que se exigirá um esforço das empresas através do imposto de sociedades.

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    O ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, especificou que o Estado arrecadará 12,314 bilhões de euros este ano com o aumento de impostos, deles 5,3 bilhões do imposto de sociedades.

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    Aos incrementos já anunciados logo após o Governo de Mariano Rajoy tomar posse – o imposto sobre a renda, os impostos sobre os rendimentos do capital e sobre bens imóveis -, se soma agora o aumento do de sociedades para as grandes empresas.

    As duas principais organizações empresariais espanholas, CEOE e CEPYME, consideraram que o ajuste se baseia excessivamente em elevar a pressão fiscal sobre as empresas.

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    O vice-presidente afirmou que se a situação da Espanha fosse outra, o Governo teria apresentado outras contas, mas se trata ‘de um projeto econômico que procura a saída do atoleiro econômico em que nos encontramos e facilitar que a economia do país volte a crescer e a criar emprego’.

    Neste contexto, ressaltou que o Governo de Rajoy assumiu com 8,51% de déficit público, ‘que excede bastante o de 6% prometido’ pelo anterior Executivo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero.

    A UE exige que a Espanha reduza o déficit este ano até deixá-lo em 5,3% do PIB, com o objetivo de alcançar em 2013 3% do PIB, como estabelece o Pacto de Estabilidade europeu.

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    ‘Nossa primeira obrigação é voltar a conseguir contas saneadas’, afirmou a vice-presidente, especificando que não se fará isso ‘a qualquer preço, mas com medidas que ajudem a atenuar a situação daqueles que estão passando pior devido à crise no país, com números recordes de desemprego’.

    A aprovação das contas para este ano acontece 24 horas depois de uma greve geral convocada contra a reforma laboral aprovada em fevereiro e foi a primeira queda-de-braço sindical para o Governo de Rajoy.

    Os sindicatos consideram a nova norma prejudicial para os trabalhadores porque facilita e barateia a demissão, enquanto o Governo acredita que pode dinamizar o mercado de trabalho e servirá para atrair empresas e gerar emprego.

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    A greve teve um acompanhamento desigual, com maior incidência na indústria e nos transportes e menor repercussão nos serviços, no comércio e no setor público.

    Dezenas de milhares de pessoas expressaram nas ruas e como ponto final ao desemprego a rejeição à reforma trabalhista, enquanto os sindicatos pediram ao Governo que a retifique, advertindo que se não mudar de atitude eles aumentarão a mobilização.

    O Governo da Espanha está sob a lupa da UE e dos mercados financeiros internacionais, que nas últimas semanas aliviaram as fortes pressões que tinham mantido sobre a dívida espanhola por causa do resgate da Grécia. EFE

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