A inflação de fevereiro fechou o mês em alta de 0,83% e, além do grupo de educação e a pressão sazonal trazida pela volta do ano letivo, o aumento do preço dos alimentos acendeu um alerta na cúpula do governo. Nesta quinta-feira, 14, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou uma reunião com ministros para discutir formas de reduzir os preços dos alimentos.
O grupo de Alimentação e Bebidas tem o maior peso na cesta de inflação e no caso de famílias mais pobres, o valor pesa mais ainda. Após o encontro, os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura) atribuíram a alta ao preço dos alimentos a “questões climáticas” e afirmaram que executivo monitora uma possível redução a partir de abril. Segundo Fávaro, o governo já identificou uma queda de cerca de 20 reais no preço da saca de arroz e que espera que isso seja transferido na mesma proporção aos consumidores nos mercados.
“Os casos de arroz, no final do ano, teve um aumento do preço do arroz no supermercado (…) Fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de 120 para 100 reais a saca. O que esperamos que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também nos mercados.”
Para os outros alimentos, como trigo, milho, mandioca e feijão, o governo prepara estratégias para o Plano Safra para que haja incentivo e consequente queda no preço.”Estamos atentos se essas medidas estruturante, se os preços não baixarem, podemos tomar outras medidas governamentais que será estudada pela equipe econômica”, afirmou.
“O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta de alimentos ocorrida no final do ano porque, de fato, é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo. Todas as evidências é de que já baixou [o preço], teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor. Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas”, disse Paulo Teixeira.