O Google está aumentando os investimentos no Brasil de olho em um mercado que já é importante para a empresa e que deve crescer mais. A companhia fará o segundo espaço para gravação de vídeos no país, o YouTube Space, no Rio de Janeiro.
Segundo o presidente da empresa, Fabio Coelho, o investimento no local, que será localizado no Porto Maravilha e terá cerca de 4.000 metros quadrados, foi alto. “Há um gargalo nessa área [de vídeo] que a gente vê como oportunidade”.
Nos últimos 3 anos, o Google investiu, em todos seus negócios no Brasil 500 milhões de reais. A expectativa é que esse patamar seja mantido, segundo Coelho.
O país é o segundo maior em tempo de visualização no YouTube e a produção local tem relevância. “O conteúdo comsumido no Brasil é preponderantemente em língua portuguesa”, diz Coelho. A empresa pagou 400 milhões de reais em 2015 aos brasileiros pelo programa que remunera usuários de acordo com a visualização.
O Google divide com os produtores de conteúdo, em média, metade do que cobra dos anunciantes pelos comerciais nos vídeos. Ainda que a conta não possa ser feita de maneira precisa, pois há impostos, o número dá ideia da importância do negócio por aqui. “O YouTube se tornou um meio de vida para muitas pessoas”, avalia Coelho.
Outros negócios no país
O Google anunciou um total de 12 novos serviços ou inovações no evento Google for Brasil, realizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Dentre eles, destaque para a possibilidade de oferecer carona através do Waze, que terá sua estreia no país antes de outros lugares.
A empresa diz que será possível que quem ofereça transporte receba uma ajuda financeira do caroneiro, para ajudar nas despesas. O país é o segundo maior utilizador do Waze no mundo.
No evento, o Google trouxe a mensagem que o Brasil é um mercado que terá mais atenção por parte da empresa. Apresentações similares também foram feitas em outros emergentes, como Índia e Indonésia.
Outra iniciativa pensada em empresas, de pequeno e médio porte, é a ferramenta Meu Negócio, na qual é possível criar um site gratuitamente em poucos minutos. Para Coelho, a empresa detectou um aumento na necessidade de empresas nacionais – e até dos governos – em ser mais eficiente, por causa da crise.
E o grande aumento de smartphones no país nos últimos anos criou a necessidade de que negócios tenham páginas mobile, mas as pequenas e médias ainda não conseguiram acompanhar essa tendência, o que prejudica seus negócios. “O principal ativo de um pequeno ou médio empresário é o tempo, e ele não tem tempo para ficar aprendendo tecnologia”, diz Coelho.