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Google é multado em US$ 170 mi por coletar dados de menores no YouTube

Empresa também é acusada de publicidade dirigida a crianças sem autorização dos pais; plataforma de vídeos afirma que modificará suas operações

Por da Redação
Atualizado em 4 set 2019, 14h23 - Publicado em 4 set 2019, 13h59
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  • O Google concordou em pagar multa de 170 milhões de dólares (cerca de 708 milhões de reais) após ser acusado de coletar informações pessoais de menores e expô-los a vídeos inapropriados no YouTube sem a permissão dos pais, segundo informaram autoridades americanas nesta quarta-feira, 4. O acordo amigável foi feito entre a empresa, a agência federal para defesa do consumidor (FTC, na sigla em inglês) e a Procuradoria Geral do estado de Nova York. Em nota, a plataforma de vídeo comunica que vai modificar a operação para solucionar a questão.

    O acerto é o mais importante em um caso envolvendo a proteção da vida privada de menores e ainda precisa ser aprovado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Dos 170 milhões de dólares, 136 milhões de dólares irão para o FTC e os 34 milhões restantes ao Departamento de Justiça.

    Em abril do ano passado, 23 organizações de defesa dos direitos digitais e de proteção da infância apresentaram ação à FTC, em que acusavam o YouTube de coletar dados pessoais de menores (como localização, aparelho usado e número de telefone) sem o conhecimento dos pais, usando esses dados para autorizar publicidade dirigida.

    “O YouTube se beneficiou de sua popularidade entre crianças (para negociar) com companhias que eram possíveis clientes”, disse, em nota, o diretor da FTC, Joe Simons. “Contudo, quando se tratava de respeitar a lei, a empresa se negou a reconhecer que parte de sua plataforma estava claramente destinada a crianças. Não há desculpas para a violação da lei por parte do YouTube”, acrescentou.

    O acordo também obriga o YouTube a mudar seus métodos. “Começando em cerca de quatro meses, trataremos os dados daqueles que veem programas infantis no YouTube como se fossem de uma criança, independentemente da idade do espectador”, afirmou Susan Wojcicki, diretora do Youtube, em comunicado após o acordo ser anunciado. Segundo ela, a coleta de dados se limitará aos necessários para o bom funcionamento do serviço e não haverá publicidade dirigida sobre este tipo de conteúdo.

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    O comunicado também cita que algumas ferramentas como comentários e notificações devem ser extintas de vídeos cujo público-alvo são as crianças, e que serão utilizados computadores para identificar vídeos que têm como principal audiência os menos de idade, como aqueles que tratam de jogos, personagens e brinquedos.

    (Com AFP)

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