Com o impulso da greve de sexta-feira (28), a Força Sindical realiza nesta segunda-feira, 1º de maio, seu evento do Dia do Trabalho. Com discursos contra as reformas da Previdência e trabalhista defendidas pelo governo Michel Temer, o ato reuniu 150 mil pessoas, segundo a organização, na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo.
O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da Força, afirmou que outra greve poderá ser organizada se Temer não negociar alterações nas reformas trabalhista e previdenciária. De acordo com ele, a conta da crise tem que “ser paga por todos, não só pelos trabalhadores”.
A Força Sindical é contra, principalmente, o fim da contribuição sindical e a nova idade mínima para aposentadoria. “Na (reforma) trabalhista, queremos discutir principalmente a contribuição sindical, que enfraquece o lado dos trabalhadores e permanece intacto o lado patronal”, disse no início das comemorações do Dia do Trabalhador em São Paulo. “O presidente não pode imaginar que é o dono do Brasil. Ele tem que ouvir a população: 71% não concordam com as reformas”, acrescentou, citando dado da pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda.
“Espero que governo tope negociar para fazer uma reforma civilizada e para que as pessoas possam entender que foi feita uma reforma para salvar do buraco em que o governo do PT nos deixou. Acho que ele (Temer) ouviu (as reivindicações da população na greve geral). Ele está só fazendo de conta (que não)”, afirmou. Na sexta-feira, o presidente divulgou uma nota em que não mencionava a greve, apenas criticava ‘atos isolados de violência’.
Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer defendeu as mudanças na lei trabalhista, dizendo que a reforma marca um momento histórico.
O evento da Força Sindical terá apresentações de cantores como Michel Teló e Zezé Di Camargo & Luciano e sorteio de 19 carros oferecidos pela montadora Hyundai.
(Com Estadão Conteúdo)