O mercado manteve a projeção de que o cenário de inflação baixa vem junto com o de economia com menos força em 2018. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (6), as projeções de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano continuaram em 1,50% depois de terem chegado a 3% alguns meses atrás. Para 2019, a estimativa é de expansão de 2,50%, também inalterada.
A pesquisa também não alterou sua projeção para Selic (taxa básica de juros). Para os economistas, a taxa básica de juros será mantida na mínima histórica de 6,50% até o final deste ano, subindo a 8% em 2019.
O BC manteve a Selic em 6,50% ao ano na semana passada, ressaltando que a retomada da atividade econômica será ainda mais gradual do que a esperada antes da greve dos caminhoneiros, num cenário de menor pressão inflacionária que cria caminho para os juros continuarem em seu menor nível histórico à frente.
Sobre a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio, o BC assinalou que os efeitos que elevaram a inflação de junho “devem ser temporários”.
O Focus mostrou ainda que o mercado manteve sua estimativa de alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 4,11% e 4,10% em 2018 e 2019, respectivamente, ambas abaixo do centro da meta, de 4,25%.
Em relação a 2020, as contas também continuaram em 4% mas, para 2021, houve uma diminuição das projeções a 3,93% , ante 4% na semana anterior.
Para 2020 e 2021, a meta de inflação do governo é de 4,0% e 3,75% pelo IPCA. Em todas elas, a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual.O cenário de inflação baixa vem junto com o de economia com menos força.