O Ibovespa, principal índice da B3, opera sem força nesta sexta-feira, aos 127,6 mil pontos, enquanto o dólar era negociado a R$ 5,78, às 11h. O mercado reflete a tensão causada pelas explosões nas proximidades dos três poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira, 13, que prejudicaram os planos do governo de anunciar um pacote de cortes de gastos previsto para quinta-feira, 14. Em resposta ao incidente, as atividades no Supremo Tribunal Federal e na Câmara dos Deputados foram suspensas até o meio-dia, e o Senado decidiu cancelar seu expediente. Apesar do adiamento, o mercado vê com bons olhos o sinal de um corte de R$ 70 bilhões em gastos ao longo dos próximos dois anos, conforme informado pela Veja. Essa perspectiva tem ajudado a conter uma alta mais expressiva do dólar e uma queda acentuada no Ibovespa.
No cenário internacional, as bolsas operam de forma mista. Nos Estados Unidos, os principais índices perdem força após dados de inflação indicarem uma desaceleração mais lenta do que o esperado, sugerindo que o Federal Reserve (Fed) poderá ser mais cauteloso em seu ciclo de cortes de juros. Além disso, a eleição de Donald Trump aumenta as preocupações sobre a trajetória inflacionária. Esse cenário tente a fortalecer o dólar. Caso o Fed reduza o ritmo de cortes ou mantenha os juros elevados por mais tempo, os títulos do tesouro americano se tornam mais atrativos aos investidores, elevando o valor da moeda.
No mercado de commodities, o petróleo registra alta, enquanto o minério de ferro segue em desvalorização, impactando negativamente as ações de mineradoras, como a Vale.