Reguladores dos Estados Unidos anunciaram a suspensão temporária de 171 aviões Boeing 737 MAX 9 para verificações de segurança, após uma explosão no painel da cabine que forçou um pouso de emergência de um jato da Alaska Airlines. O incidente ocorreu durante o voo de Portland, Oregon, para Ontário, Califórnia, resultando na retirada de um pedaço da fuselagem do lado esquerdo do avião. Com apenas oito semanas em serviço, a aeronave transportava 171 passageiros e seis tripulantes, resultando em ferimentos para alguns passageiros.
Tanto a Alaska Airlines quanto a United Airlines interromperam o uso de alguns MAX 9 após inspeções. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) iniciou uma investigação sobre a aparente falha estrutural, que deixou um buraco retangular na fuselagem. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também suspendeu neste domingo, 7, o uso da aeronave Boeing 737 Max 9. O modelo é usado em voos internacionais no aeroporto de Guarulhos pela Copa Airlines.
A Alaska Airlines possui 65 aeronaves e a United Airlines conta com 79 aviões do modelo em sua frota. A Alaska cancelou 160 voos, afetando 20% das viagens programadas, enquanto a United cancelou 115 voos, representando 4% das partidas. As interrupções devem durar pelo menos até meados da semana, conforme declarou a Alaska Airlines. A Boeing enfrenta mais um desafio enquanto tenta se recuperar de crises de segurança e impactos da pandemia. A FAA não descartou a possibilidade de novas ações à medida que a investigação prossegue.
*Com Reuters