O empresário Eike Batista disse que acredita que a tecnologia que permite o funcionamento das criptomoedas – como o bitcoin – tem valor e é “o futuro”. O ex-bilionário considera que o blockchain é promissor por causa da segurança que dá às transações, e comparou a evolução das plataformas às das redes sociais, como o Orkut.
Segundo Eike, a vantagem trazida com as moedas digitais é que o uso de criptografia nas transações impede as fraudes, o que faz com que a tecnologia possa ser usada em outras aplicações, como em sistemas de segurança para cartão de crédito.
Em relação ao bitcoin, disse que existem outras criptomoedas – como ethereum, ripple, litecoin e eos – e que o tempo dirá quais delas irão se consolidar. Ele comparou o setor com o das redes sociais, cujo precursor foi o Orkut, atualmente desativado. “O grande vencedor foi o Facebook. As mídias sociais começaram de um jeito, mas na verdade quem ganhou foram nomes que começaram no segundo ou no terceiro ciclo”, disse o empresário em vídeo postado em seu canal no Youtube.
O empresário, que já foi considerado o oitavo homem mais rico do mundo em 2011, mas viu seu patrimônio ruir após a suspeita do mercado de que as reservas de petróleo de uma de suas empresas estavam superestimadas. Ele foi preso pela Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, em janeiro de 2017. A detenção foi decretada depois de delação afirmar que ele pagou 16,5 milhões de dólares de propina ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, que está preso. Em abril, o ex-empresário recebeu habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes e está sujeito a medidas restritivas, como recolhimento noturno, entrega de passaporte e obrigação de se apresentar periodicamente a um juiz.