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Duas empresas do RN barram na Justiça tabelamento de frete, diz AGU

Preço mínimo de frete rodoviário de cargas opõe empresas e caminhoneiros; ANTT vai publicar nova tabela

Por Redação
7 jun 2018, 14h21
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  • Duas empresas de Mossoró, no Rio Grande do Norte, conseguiram suspender na Justiça Federal os efeitos das normas que regulamentam a política de preços mínimos de transporte rodoviário de cargas, o chamado tabelamento de preços de frete, informou a Advocacia-Geral da União (AGU), nesta quinta-feira. A Justiça suspendeu os efeitos da MP 832 de 2018 e da Resolução 5.820 de 2018 para as duas empresas.

    A AGU disse que ainda não foi notificada da decisão e que, assim que isso ocorrer, vai recorrer para reverter a decisão da 8ª Vara Federal do Rio Grande do Norte.

    A definição dos preços do frete foi uma das medidas acertadas pelo governo para acabar com a paralisação dos caminhoneiros, que durou 11 dias e levou ao desabastecimento de combustível e alimentos em todo o país. Mas tem sido motivo de disputa entre o setor produtivo, caminhoneiros e o governo.

    O setor produtivo, especialmente o agronegócio, reclama de aumento de custo dos fretes de grãos em até 150%. Com a pressão, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse nesta quarta-feira, 6, que publicará ajustes na tabela, com dados mais detalhados, que irão esclarecer as possíveis dúvidas. A previsão é as alterações sejam publicadas nesta quinta-feira.

    Os caminhoneiros, porém, dizem que vão aceitar apenas mudanças “pontuais” na tabela. O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirma que não concordará, por exemplo, com eventual diminuição dos preços fixados pela ANTT. 

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    Nas redes sociais, os motoristas já mostravam preocupação que a tabela fosse derrubada e prometem resistir. “Se essa tabela cair, vai ter uma greve pior que a última. E aí não vai ter negociação, pois eles vão querer provar para o mundo que são fortes, vai ser uma grande revolta”, diz Ivar Luiz Schmidt, representante do Comando Nacional do Transporte (CNT).

    O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes, disse que é necessário encontrar um denominador comum que não prejudique o caminhoneiro. “Caso contrário, podem esperar uma nova rebelião.”

    (Com Reuters)

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