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Desistir da reforma é negativo para rating do Brasil, diz Moody’s

Sem votos para aprovar o texto, o governo admitiu que intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro inviabiliza a tramitação da reforma

Por Reuters
Atualizado em 20 fev 2018, 17h44 - Publicado em 20 fev 2018, 16h38
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  • A desistência do governo do presidente Michel Temer de tentar aprovar a reforma da Previdência neste ano é ruim para a classificação de risco do Brasil, já que limitará a capacidade de cumprir a regra do teto de gasto, informou nesta terça-feira o analista-sênior da agência Moody’s, Samar Maziad.

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    “O governo do Brasil anunciou recentemente que não mais buscará a aprovação de uma reforma da Previdência em 2018, algo fundamental para as perspectivas de crédito da nação”, informou ele por meio de nota.

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    “Embora já esperássemos que uma reforma ampla fosse improvável, abandonar os planos para aprovar a proposta é negativo para o perfil de crédito do país uma vez que restringirá fortemente a capacidade das autoridades de cumprir com o teto de gastos do governo nos próximos anos”, acrescentou.

    A Moody’s classifica atualmente o país com nota “Ba2”, com perspectiva negativa.

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    A agência de classificação de risco Fitch lembrou que o fracasso em aprovar a reforma da Previdência foi um dos pontos que pressionam para o rebaixamento do rating soberano do Brasil.

    “A pressão para baixo no rating soberano do Brasil (“BB”/perspectiva negativa) continua refletindo os altos déficits fiscais, o elevado e crescente peso da dívida e o fracasso em aprovar a reforma da previdência, que contribuiria para reduzir as pressões estruturais sobre as despesas”, disse a diretora-sênior da Fitch, Shelly Shetty, em comunicado.

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    O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu ontem que intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro inviabiliza a tramitação da reforma da Previdência. Segundo o ministro, a ação em território fluminense demandará tempo, o que leva à suspensão das discussões para a aprovação da proposta.

    A Constituição impede mudanças em seu texto durante períodos de intervenção federal – a reforma da Previdência foi enviada via proposta de emenda constitucional. Temer traçou uma estratégia inicial de continuar discutindo a proposta com lideranças para viabilizar a votação, e o decreto de intervenção na segurança pública do Rio seria suspenso apenas para votar o texto da reforma e promulgá-lo.

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    Com a suspensão da reforma da Previdência, o governo anunciou nesta segunda-feira uma pauta alternativa para a área econômica. Ministros e líderes governistas no Congresso apresentaram quinze projetos considerados importantes para o país do ponto de vista fiscal.

    Entre os projetos que passaram a ser considerados prioritários pelo governo estão a simplificação tributária (reforma do PIS/Cofins); o marco legal de licitações e contratos; o programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais; a privatização da Eletrobras e a nova lei de finanças públicas.

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    Os ministros da área econômica do governo avaliam agora mudanças na aposentadoria que não demandem emendas à Constituição, informou a jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo. Isso permitiria que mudanças fossem feitas durante o período de intervenção no Rio.

    (Com Estadão Conteúdo)

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