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Dados mostram economia americana forte, mas não alteram política monetária

Vendas no varejo e pedidos de seguro-desemprego nos EUA mostram economia aquecida; mercado espera novo corte de juros em novembro

Por Juliana Machado Atualizado em 17 out 2024, 14h21 - Publicado em 17 out 2024, 14h17
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  • INDEFINIÇÃO - Jerome Powell: sem previsão para o início de corte de juros
    Jerome Powell, presidente do Fed: cada passo da autoridade deve ser calculado. (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

    Novos dados divulgados hoje nos Estados Unidos atestam que a economia do país está de fato aquecida, mas, por ora, nada disso interfere na condução da política monetária — embora reforce o papel do Federal Reserve, o banco central americano, de ser cuidadoso nos seus próximos passos.

    Mais cedo, o Departamento do Comércio americano informou que as vendas no varejo avançaram 0,4% em setembro em relação a agosto, para 714 bilhões de dólares. Trata-se de uma aceleração do ritmo em relação ao mês anterior, quando as vendas no setor subiram 0,1%, e também um dado mais forte do que o esperado, já que economistas previam uma expansão de 0,3%. Na base de comparação anual, o crescimento das vendas foi de 1,7%.

    Também hoje foram divulgados os dados de pedidos de seguro-desemprego semanais, que mostraram uma queda de 19 mil na semana encerrada em 12 de outubro, para 241 mil solicitações. A estimativa era de que os pedidos se mantivessem em 260 mil.

    Os dois dados mostram que, além de menos pessoas solicitando auxílio-desemprego, com uma taxa de ocupação maior, o varejo americano permanece firme, indicando que a economia do país vem se afastando da recessão. Embora seja uma boa notícia do ponto de vista macroeconômico, vale destacar que uma atividade mais forte pode ter efeitos sobre a política monetária, à medida que pode levar a inflação a ganhar força.

    Segundo José Alfaix, economista na Rio Bravo, mesmo com o cenário climático mais estável nos próximos meses, a perspectiva é de que os dados de seguro-desemprego permaneçam voláteis. Para ele, a assimetria dos dados em relação às projeções “se alinha diretamente com a baixa assertividade” do Federal Reserve em relação ao seus diagnósticos sobre o mercado de trabalho.

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    “Passamos por uma fase em que o medo de recessão predominou o mercado, seguida por uma fase em que a narrativa de um pouso suave fez predominante e, agora, dados que mostram o emprego bastante forte e saudável”, afirma.

    O mercado espera, majoritariamente, que o Federal Reserve faça um novo corte de juros já na reunião de novembro. Segundo os dados implícitos nos contratos derivativos de juros negociados no mercado americano, a probabilidade de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros é de 90,3%, enquanto apenas 9,7% esperam que a taxa fique onde está — na faixa entre 4,75% e 5% ao ano. As informações são da ferramenta CME FedWatch.

    “O Federal Reserve terá que adotar uma postura mais equilibrada ao monitorar de perto tanto a evolução do emprego, quanto os índices de preços, buscando uma abordagem que permita ajustar a política monetária com maior precisão”, diz Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.

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