A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a JBS sobre a informação de que o acordo de leniência que a empresa negocia com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estaria suspensa. O órgão regulador do mercado pediu esclarecimentos sobre a notícia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo no último domingo.
De acordo com a publicação, as autoridades americanas interromperam o processo por conta da suspeita de que o ex-procurador Marcelo Miller atuou como agente duplo na negociação da delação premiada dos irmãos Batista. As suspeitas sobre a atuação de Miller foram levantadas pelo Ministério Público brasileiro. A JBS teria, inclusive, trocado o escritório de advocacia que a representava nas negociações nos Estados Unidos, o Baker McKenzie, para contornar o problema. Isso em razão da ligação do escritório com outro nacional, o Trench Rossi Watanabe, onde Miller trabalhou.
Em comunicado ao mercado divulgado na terça-feira, a JBS classificou como “especulações de mercado, com meras opiniões de certos indivíduos”. O documento foi publicado em resposta à CVM.
A empresa ressalta que não recebeu qualquer informação de seus advogados nos EUA acerca da alteração da situação dos entendimentos iniciais com a autoridades do país, e refuta as informações divulgadas “objetivando não incitar especulações nem apresentar informações incompletas e induzir o mercado a erro”.
(Com Estadão Conteúdo)