O impacto deixado pelo coronavírus nas economias mundiais mostra o retrato devastador da doença, que já deixou mais de 211 mil mortos em todo o mundo. No caso da zona do euro, a economia encolheu 3,8% no primeiro trimestre de 2020, informou o Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat) nesta quinta-feira, 30. Esse é o maior recuo trimestral já registrado pela série histórica iniciada em 1995. Em março, a Europa foi considerada como epicentro da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com a situação dramática em diversos países, principalmente na Itália, Espanha e França. Como medida de combate à pandemia, diversos países lançaram mão do lockdown, que é o bloqueio na circulação de pessoas.
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Clique e AssineNa comparação com os 3 primeiros meses de 2019, a contração foi de 3,3%, maior declínio nessa base de comparação desde o 3º trimestre de 2009 (-4.5%). No 4º trimestre do ano passado, o PIB nos 19 países que usam o euro tinha avançado 0,1%.
Economia da China também recua
O epicentro inicial da doença, a China, registrou no primeiro trimestre de 2020 a primeira queda desde 1992, quando começaram a ser divulgados os dados do PIB. O tombo foi de 6,8% entre janeiro e março. A nova doença foi reportada nos últimos dias de 2019 e causou lockdown em diversas regiões do país, fechando empresas e restringindo deslocamento de pessoas. Mesmo passado o pico da pandemia, o país ainda sente impacto, devido a economia globalizada.
Nesta quinta-feira, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria da China caiu a 50,8 em abril ante 52 em março, informou a Agência Nacional de Estatísticas. Apesar do recuo, ainda pode se considerar que há crescimento, já que o indicador abaixo de 50 indica a contração.
(Com Reuters)