Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Congresso derruba veto de Lula, e desoneração da folha é mantida até 2027

Em derrota para Haddad, Senado e Câmara votam pela manutenção do benefício tributário

Por Felipe Erlich Atualizado em 15 dez 2023, 14h21 - Publicado em 14 dez 2023, 16h02
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Congresso Nacional derrubou o veto presidencial à desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, nesta quinta-feira, 14. O projeto vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva prorroga até 2027 a medida, que permite às empresas dos segmentos contemplados o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários de trabalhadores. Com a derrubada — primeiro chancelada pelo Senado e, em seguida, pela Câmara dos Deputados –, a desoneração será mantida.

    Publicidade

    No Senado, foram 60 votos pela anulação do veto de Lula e 13 pela manutenção. Já na Câmara, 378 parlamentares votaram pela derrubada e 78 foram contrários.

    Publicidade

    A derrubada do veto de Lula à desoneração, com amplo apoio do Congresso, representa uma derrota ao governo federal e, especialmente, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que corre para garantir receitas para 2024. O ministro segue vendendo a promessa de déficit zero nas contas públicas do próximo ano, meta que só pode ser cumprida com um aumento robusto da arrecadação.

    A desoneração da folha de pagamentos foi instituída em 2011, no governo petista de Dilma Rousseff, e prorrogada sucessivas vezes nos governos seguintes. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o último a postergar o fim da medida, então marcado para 2023. Com a mobilização do Congresso, o benefício tributário fica mantido por mais quatro anos. Representantes do setor privado e sindicalistas argumentam em prol da desoneração, alegando que ela é importante para a geração de empregos e renda no país.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Reação de Haddad

    Após a derrubada do veto presidencial, Haddad afirmou que o governo vai “buscar auxílio do Judiciário” porque a medida é “inconstitucional”. O ministro também disse que o governo ainda deve apresentar ao Congresso uma proposta alternativa à desoneração na semana que vem.

    “Queremos apresentar quanto antes. As equipes estão trabalhando nos cálculos há algum tempo, desde que o presidente validou em Dubai. Nossa ideia é que, na semana que vem, a gente encaminhe para o Congresso uma solução”, afirmou. “A solução será encaminhada junto com medida compensatória. A ideia é não mexer no Orçamento. Justamente para garantir o equilíbrio e os programas sociais. Não posso antecipar porque estamos fazendo os cálculos.”

    Publicidade

    Veja os 17 setores beneficiados pela desoneração da folha

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.