Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Como Ronaldinho Gaúcho virou alvo da CPI das Criptomoedas

De garoto-propaganda à vítima: Ronaldinho Gaúcho se diz injustiçado em caso das criptomoedas, mas marcação da CPI é acirrada

Por Felipe Mendes 25 ago 2023, 11h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um velho ditado indica que “nem tudo que reluz é ouro”. Fundada em 2018, em São Paulo, a empresa 18K Ronaldinho usava da imagem do astro Ronaldinho Gaúcho, campeão mundial pela seleção brasileira e por duas vezes escolhido o melhor jogador de futebol do mundo, para promover ganhos estratosféricos no mercado financeiro. A companhia prometia 400% de lucro ao mês sobre investimentos em criptomoedas, como o bitcoin. Diante do infortúnio causado a centenas de pessoas que embarcaram na campanha da 18K, a CPI das Pirâmides Financeiras, também conhecida como CPI das Criptomoedas, decidiu pela condução coercitiva do ex-jogador na última quinta-feira, 24.

    Na época do lançamento, Ronaldinho gravou vídeos para a divulgação dos serviços da empresa. Em um deles, afirmava que não associava seu nome “a coisa ruim”. “É um orgulho fazer parte de tudo isso, ter o meu nome em algo que me deixa muito orgulhoso, poder dizer que sou parte dessa tribo”, disse. Mas, logo de cara, o projeto foi acusado como “pirâmide financeira”, que premiava, sobretudo, os primeiros clientes com algum retorno — para não ser interpretada como tal, a 18K usava relógios, o que a classificava como ‘marketing multinível’.

    Ainda em 2019 vieram as primeiras suspeitas sobre a empresa, quando investidores tiveram saques e recursos bloqueados. O caso foi parar no Ministério Público Federal, o MPF. Estima-se que o número de vítimas lesadas pelas supostas fraudes cometidas pela empresa ultrapasse a casa de 1.000.

    Em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19 estourar na América do Sul, Ronaldinho virou réu em uma ação civil coletiva que pede 300 milhões de reais em devoluções de valores e em danos morais por ligação com a 18K Ronaldinho. Centenas de vítimas são listadas na ação, que corre em segredo de justiça. Na mesma época em que virou réu, o ex-atleta foi preso no Paraguai ao lado do irmão e agente Roberto de Assis Moreira, popularmente conhecido como Assis. Os dois foram condenados, mas ganharam liberdade após o pagamento de fiança.

    Ronaldinho nunca falou abertamente sobre o caso, mas assim que estourou a insatisfação por parte dos investidores, indicou que teria sido lesado pela empresa e que sua imagem fora usada indevidamente. Assis, por sua vez, chegou a discursar na Câmara dos Deputados em defesa do irmão, que não prestou depoimento por duas vezes seguidas, o que causou a fúria de alguns parlamentares. Segundo o relator da comissão que aprovou a condução coercitiva do ex-jogador, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), a justificativa de Ronaldinho – alegando cancelamento de voos em Porto Alegre devido ao mau tempo – não está alinhada com as prerrogativas legais. “A Lei determina que a convocação deve ser atendida”, afirmou Silva. Embora fosse genial com a bola nos pés, um novo drible do “bruxo” na marcação implacável dos parlamentares é visto como pouco provável.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.