Nesta quinta-feira, 23, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciaram a Chamada Universal 2024, edital de investimento de 450 milhões de reais em projetos de todas as áreas do conhecimento. Os pesquisadores têm até o dia 10 de dezembro para submeter as suas idealizações no site oficial. Serão selecionados aqueles considerados com potencial para contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação no país.
De acordo com o governo, houve aumento de 50% do valor previsto em relação à edição anterior. Em 2024, o CNPq destinará 320 milhões de reais em recursos próprios — 20 milhões a mais que na chamada publicada em 2023 — e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) aportará 130 milhões de reais. A Chamada Universal oferece, desde 2001, bolsas nas modalidades de Iniciação Científica (IC), Iniciação Tecnológica Industrial (ITI) e Apoio Técnico (AT), com valores e duração máxima limitada ao período de execução do projeto, que pode ser de até 36 meses.
O incentivo possui duas diferentes faixas de financiamento, que correspondem à:
Faixa A: destinada a grupos emergentes. Eles devem contar com, no mínimo, três doutores, sendo um deles o coordenador do projeto — que não pode ser beneficiário de bolsas de Produtividade em Pesquisa ou Desenvolvimento Tecnológico do CNPq. O valor máximo de financiamento nesta faixa é de 200 mil por projeto (um aumento de cerca de 20% em relação ao ano anterior), com um total de 120 milhões de reais destinados.
Faixa B: destinada a grupos consolidados, formados por pelo menos cinco doutores de, no mínimo, duas instituições nacionais diferentes. O valor por projeto pode chegar a 300 mil reais (um aumento de 9% em relação à chamada anterior), com um total de 180 milhões de reais destinados.
Além disso, 30% dos recursos serão reservados para projetos de instituições localizadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste. Caso não haja um número suficiente de propostas qualificadas dessas regiões, o CNPq poderá redirecionar os recursos para projetos aprovados de outras regiões.