Após a divulgação pela Petrobras do reajuste do preço do óleo diesel, sindicatos que representam os caminhoneiros afirmam que vão realizar uma “paralisação a qualquer momento” para pressionar os governos estaduais, federal e a Petrobras à redução do preço do combustível. Em entrevista a VEJA, Irani Gomes, presidente do Sindtanque de Minas Gerais (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais), afirmou que os líderes dos sindicatos que representam os caminhões-tanque no Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Brasília, Goiânia, Goiás e Bahia, apoiaram a greve. Além deles, há apoio do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Rio de Janeiro, o Sindiforça.
Perguntado sobre quando se iniciará a paralisação, Irani Gomes informou que as entidades não querem divulgar o dia da paralisação para evitar “impedimento do governo”, mas que já estão “se movimentando para parar”. A mobilização ocorre por meio de um grupo de WhatsApp que reúne os líderes dos sindicatos, inclusive o Zé Trovão, que ficou famoso por articular as manifestações de Sete de Setembro e cuja prisão preventiva se mantém decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Trovão ainda não se manifestou no grupo, mas Gomes acredita que os apoiará em breve, por ser uma pauta de seu interesse.
Ailton Gomes, presidente da Associtanque do Rio de Janeiro, afirmou que “desta vez vai haver uma paralisação nacional promovida pelo transporte de combustíveis”. Ele confirmou que já foram realizadas assembleias com apoio dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo em apoio às manifestações, que devem ocorrer nas próximas semanas.