A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições que a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) exerça seu direito de preferência e adquira 50% das ações da Itambé, atualmente detidas pela Vigor Alimentos, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
Em acordo de acionistas com a Vigor, a CCPR tinha direito de preferência para comprar os 50% restantes da Itambé em caso de alteração indireta do controle do negócio, com eventual transferência de ações para terceiros.
A operação sucede a venda da Vigor Alimentos para a mexicana Lala pela JBS e sua controladora J&F no início de agosto, como parte de um plano de desinvestimentos do grupo brasileiro, que precisa pagar multa de 10,3 bilhões de reais por seu envolvimento em esquema de corrupção da investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo parecer no site do Cade, a aquisição de participação remanescente de 50% da Itambé pela CCPR “não altera, de modo relevante, a estrutura dos mercados afetados, seja em âmbito nacional ou no cenário mais restrito correspondente aos Estados de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul”.
Reportagem publicada no Valor Econômico desta segunda-feira informa que a cooperativa já pediu financiamento ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para comprar a fatia de 50% detida pela Vigor.