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Bolsonaro diz que Congresso precisa ser convencido, não de prensa

Na véspera, o futuro ministro da Fazenda, o economista Paulo Guedes, defendeu 'dar uma prensa' no Congresso para votar as mudanças

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 7 nov 2018, 20h40 - Publicado em 7 nov 2018, 13h45
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  • O presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, afirmou que “está empenhado” nas negociações para a aprovação da reforma da Previdência. De acordo com ele, serão realizadas nesta quarta-feira, 7, e, na quinta-feira, 8, reuniões com integrantes do Congresso que estão tratando do tema, para verificar se podem ser apressadas questões relativas a este tema, inclusive por meio de lei ordinária ou complementar.

    Bolsonaro não revelou com quem serão as reuniões e fez questão de tentar desfazer o mal-estar criado pela afirmação do seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse precisar dar “uma prensa” no Congresso para aprovar a Previdência. “A palavra não é prensa. É convencimento”, tentou amenizar, lembrando que os parlamentares são independentes e não são movidos a pressão. “Ninguém vai pressionar parlamentar. Nós vamos é tentar convencê-los”, avisou.

    Depois de dizer que reconhece que a sua participação nessas negociações é fundamental, Bolsonaro emendou: “Lógico que vou me empenhar e já estou me empenhando”.

    Ele salientou que também vai conversar sobre a tramitação deste tema no Congresso com o presidente da República, Michel Temer, no encontro da tarde desta quarta, além de se reunir com alguns deputados, mas disse que eles pediram sigilo.

    “De hoje para amanhã estarei com alguns parlamentares que estão participando desse trabalho e alguns deles me disseram que têm propostas via lei ordinária, lei complementar, que dá para um avanço. O que queremos é votar alguma coisa quanto antes”, declarou Bolsonaro, acrescentando que semana que vem, deve voltar a Brasília, para prosseguir nas negociações.

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    Para Bolsonaro, não é problema se desgastar para brigar pela reforma da Previdência, agora. “Obviamente é um desgaste votar reforma da Previdência. Mas eu não vou me furtar a esse compromisso. Eu vim candidato e sabia que teremos muitos problemas pela frente”, declarou ele.

    E brincou: “Não é só felicidade e lua de mel. O casamento começou muito antes da data marcada, que é 1º de janeiro.”

    Na opinião do presidente eleito, se conseguirem aprovar algo agora, não será vitória dele, Bolsonaro, “seria vitória do Brasil”. Segundo ele, “só podemos avançar na área econômica se fizermos essa reforma da Previdência”.

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    Perguntado sobre a questão da reforma dos militares, ele lembrou que esta e outras carreiras têm suas especificidades.

    Ao explicar a afirmação de Paulo Guedes, sobre dar uma prensa no Congresso, Bolsonaro tentou justificar: “Não tem prensa. O que acontece com alguns do meu lado é que não têm a vivência política. Eu, apesar de ter, levo tantas vezes cascudo de vocês. Imagina quem não tem essa experiência. A palavra não é prensa, é convencimento.”

     

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