O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 7, em sua conta no Twitter, que o governo está levantando informações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de outros órgãos do governo e que “muitos contratos foram desfeitos e serão expostos”.
Segundo ele, “com poucos dias de governo, não só a caixa-preta do BNDES, mas [também] de outros órgãos”, está sendo levantada e será divulgada. “Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de 44 milhões de reais para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela ministra [de Mulheres, Família e Direitos Humanos] Damares [Alves] e outros”, completou.
O presidente se refere à decisão da ministra Damares Alves de suspender um contrato de 44,9 milhões de reais da Fundação Nacional do Índio (Funai) que incluía a elaboração de mapeamento funcional, criação de banco de dados territoriais e implementação de criptomoeda para populações indígenas.
Funcionários do BNDES rechaçam a existência de uma caixa-preta na instituição. Segundo a Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES), o banco divulga suas operações de forma ampla e transparente, sem paralelo com qualquer outra instituição”. “Estão disponíveis no portal institucional informações sobre cliente, valor da operação, projeto apoiado, taxa de juros, prazos e garantias.”
Em artigo publicado em VEJA, o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega afirma que é difícil achar corrupção no BNDES. “Acontece que a concessão de crédito em si dificilmente é suscetível de corrupção. As decisões são tomadas por comitês. Os diretores não têm alçada para conceder empréstimos. O BNDES divulga praticamente tudo de suas operações, tendo-se tornado uma das instituições públicas mais transparentes do país”, escreveu ele.
No final da manhã de segunda-feira, Bolsonaro participa da cerimônia de posse do novo presidente do BNDES, Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff. Hoje também tomam posse Pedro Guimarães, na Caixa Econômica Federal e Rubem Novaes, no Banco do Brasil.
(Com Agência Brasil)