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Bolsa fecha no melhor nível desde gravações com Temer

Ibovespa fechou o dia com alta de 0,93%, aos 67.135 pontos, maior patamar desde 17 de maio; dólar comercial terminou o dia em queda

Por Da redação
Atualizado em 2 ago 2017, 20h24 - Publicado em 2 ago 2017, 18h12
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  • O Índice Bovespa (Ibovespa) teve nesta quarta-feira, 2, sua quinta alta consecutiva, desta vez embalado pela expectativa de vitória folgada do presidente Michel Temer na votação da denúncia contra ele na Câmara dos Deputados. Na prática, a rejeição à abertura de inquérito contra o presidente é vista como um passo importante para viabilizar a aprovação da reforma da Previdência neste ano, algo que vinha sendo praticamente descartado nas previsões dos analistas.

    O índice chegou a alternar altas e baixas pela manhã, mas consolidou a tendência de positiva no início da tarde, quando o quórum mínimo de 342 deputados presentes no plenário da Câmara foi atingido pela primeira vez. Ao final dos negócios, o índice marcou 67.135,99 pontos, em alta de 0,93%. Os negócios somaram 9,6 bilhões de reais.

    O dólar comercial encerrou o dia com queda 0,20%, a 3,1197 reais.

    Com a chegada ao patamar dos 67 mil pontos, o indicador está próximo de anular os efeitos da crise política deflagrada na noite do dia 17 de maio. Naquele dia, o índice havia fechado em 67.540 pontos.

    A alta do dia foi influenciada principalmente pelas ações da Petrobras e dos bancos, que voltaram a subir em bloco. No caso da estatal petrolífera, contribuíram a alta dos preços do petróleo no mercado internacional e a percepção positiva com o cenário político doméstico. Ao final dos negócios, Petrobras ON teve alta de 2,56% e Petrobras PN ganhou 2,97%. Entre os bancos, o destaque foi Banco do Brasil, que avançou 4,03%. A ação do BB vem subindo nos últimos pregões por causa da expectativa positiva pelo balanço do segundo trimestre, mas também teria refletido hoje a melhora da percepção política.

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    “O cenário político influenciou bastante os negócios hoje, porque o mercado voltou a considerar a possibilidade de o governo retomar as discussões em torno da reforma da Previdência”, disse William Castro Alves, diretor da Valor Gestora de Recursos. O analista ressalta ainda os sinais de melhora observados em julho, quando o Ibovespa subiu 4,8%. “O mês de julho foi bastante positivo e com ingresso de R$ 3 bilhões em recursos externos e indicação de resultados corporativos melhores”, afirma o profissional.

    Com as cinco altas consecutivas até agora, o Ibovespa teve ganho acumulado de 3,27%. Com isso, passa a contabilizar alta de 11,47% em 2017. As análises gráficas apontam manutenção da tendência de alta do Ibovespa, que teria como alvo os 69.500 pontos, pico intraday do ano.

    (Com Estadão Conteúdo)

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