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Atos pró-Bolsonaro perdem força, mas ainda há bloqueios em 14 estados

Santa Catarina e Mato Grosso lideram pontos com bloqueios e interdições; atos começaram ainda do domingo, após a derrota de Bolsonaro para Lula

Por Larissa Quintino Atualizado em 2 nov 2022, 14h36 - Publicado em 2 nov 2022, 10h13
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  • Bloqueios e interdições de estradas promovidas por caminhoneiros bolsonaristas vêm perdendo força no quarto dia de manifestações contrárias ao resultado das eleições, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o último levantamento da PRF, divulgado às 11h20 nesta quarta-feira, 2, havia pontos de bloqueio em 14 estados brasileiros. Na madrugada de segunda para terça-feira, havia atos com caráter antidemocrático em 25 estados, além do Distrito Federal.

    A PRF liberou 631 bloqueios nas estradas federais do país e aplicou 438 autuações, até o início de hoje, segundo informações publicadas no Twitter do órgão. Ainda há protestos no Acre (2), Amazonas (3), Espírito Santo (4), Goiás (2), Maranhão (1), Minas Gerais (9), Mato Grosso (30), Mato Grosso do Sul (4), Pará (17), Pernambuco (4), Paraná (20), Rondônia (12), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (36) e São Paulo (3).

    Na manhã desta quarta, Anderson Torres, ministro da Justiça, usou as redes sociais para reiterar o pedido do presidente Jair Bolsonaro para que as manifestações não fechem estradas. No pronunciamento feito por Bolsonaro na tarde de terça-feira, o presidente não parabenizou o adversário e citou “sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, mas pediu por protestos pacíficos que não prejudiquem o direito de ir e vir e não utilizem os “métodos da esquerda”.  Depois da fala de Bolsonaro e de atos das PMs estaduais junto com a PRF, o número de atos passou a cair.

    As manifestações começaram instantes após a oficialização da vitória de Lula, com pontos de bloqueio em Santa Catarina, e se espalharam pelo país. Supermercados e postos de gasolina já sentem efeito do desabastecimento de alimentos e combustíveis. Em 2018, a greve dos caminhoneiros parou estradas do Brasil por 10 dias e tiveram efeito na desaceleração da economia, além de rebote inflacionário.

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