Termômetro do Banco Central usado para medir a atividade econômica no país, o IBC-Br indica que a economia segue em recuperação gradual e surpreendeu economistas com o desempenho de janeiro. O índice engatou a nona alta mensal consecutiva, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 15, e avançou 1,04% no mês. A expectativa do mercado era que o indicador ficasse em 0,5% para o primeiro mês do ano. Com o crescimento registrado em janeiro, o IBC-Br atingiu 140,30 pontos. O patamar está acima de fevereiro do ano passado (140,02 pontos), período pré-pandemia.
Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. A alta da atividade em janeiro reflete a alta no setor de serviços, apesar da desaceleração vinda do comércio.
No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador recua 4,04%. Os dados mostram que, apesar da retomada vista nos últimos meses, há um grande impacto na quebra de oferta e demanda, provocado pela crise da Covid-19, principalmente no segundo trimestre do ano passado. Na comparação com janeiro passado, o indicador também apresenta queda, de 0,46%. A estimativa do mercado financeiro é que o PIB cresça 3,23% neste ano, segundo o último Boletim Focus. No ano passado, a queda foi de 4,1%.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos. O resultado do PIB do terceiro trimestre, por exemplo, trouxe avanço de 7,7%, enquanto o IBC-Br do mesmo período subiu 9,72%. Já o resultado do ano de 2020 ficou bem próximo: 4,05% no IBC-Br e 4,1% no PIB.