O fechamento de comércio e serviços não essenciais, que refletiu também na indústria fez com que o número de atividade econômica do Brasil caísse em março. Segundo o IBC-Br, medido pelo Banco Central, a retração foi de 9,73%, recorde da série histórica, iniciada em 2003. Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. A queda brusca pode indicar o grau de recessão que o país caminha em 2020, que deve ficar na casa dos 6,5%, segundo estimativas do mercado financeiro, apesar de algumas instituições preverem quedas ainda mais bruscas. O Banco Mundial, por exemplo, estima recuo de 8% no PIB do Brasil neste ano.
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Clique e AssineEm março, primeiro mês de impacto da Covid-19 na economia, o IBC-Br já havia registrado retração de 6,16% na comparação com fevereiro. Antes disso, o maior recuo havia sido de 3,96% em maio de 2018, refletindo os impactos da greve dos caminhoneiros. Os dados da atividade econômica de maio devem seguir a mesma tendência dos últimos meses, já que a reabertura gradual de atividades na maioria do país foi iniciada em junho.
No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com a instituição, o índice de atividade econômica registrou uma redução de 4,15%. Em 12 meses até abril de 2020, os números do BC indicam uma queda de 0,52% na prévia do PIB – sem ajuste sazonal.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. A divulgação oficial do sobre o desenvolvimento da economia no primeiro trimestre será divulgado no dia 29 de maio. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos.