A arrecadação total das Receitas Federais atingiu o recorde de 231,04 bilhões de reais em julho de 2024, um crescimento real de 9,55% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a julho, o montante arrecadado chegou a 1,53 trilhão de reais, com alta de 9,15% ajustada pelo IPCA.
As Receitas Administradas pela Receita Federal (RFB) somaram 214,79 bilhões de reais em julho, registrando um aumento real de 9,85%. No acumulado do ano, essas receitas alcançaram 1,45 trilhão de reais, crescendo 9,07% em termos reais.
Esse crescimento foi impulsionado por fatores macroeconômicos, a retomada da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, a tributação dos fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior, em conformidade com a Lei 14.754/2023. A calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul também influenciou os números.
Segundo a Receita, excluindo os efeitos desses fatores não recorrentes e de alterações na legislação, a arrecadação administrada pela RFB apresentaria um crescimento real de 6,77% no acumulado de janeiro a julho e de 8,28% em julho.
Entre os destaques de crescimento dos indicadores macroeconômicos, há produção industrial (+5,63%) e o valor em dólar das importações (+18,39%). Em relação ao aumento significativo em tributos específicos, vale destacar Cofins e Pis/Pasep, que tiveram um crescimento real de 19,25%. A arrecadação do IRRF sobre rendimentos de capital também cresceu 17,83%, impulsionada pela tributação dos fundos exclusivos. A arrecadação do IRPF aumentou 18,14%, devido à atualização de bens e direitos no exterior, conforme a Lei 14.754/23.
No desempenho por setor, o comércio atacadista, entidades financeiras, e atividades auxiliares do setor financeiro deram a maior contribuição, apresentando crescimentos de 18,98%, 8,03%, e 25,84%, respectivamente.