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Apple corta pela metade taxa de AppStore para pequenos negócios

Mesmo com o corte, taxa para quem vende pela loja de aplicativos pela AppStore, será de 15% para quem fatura até um milhão de dólares

Por Josette Goulart Atualizado em 19 nov 2020, 18h29 - Publicado em 18 nov 2020, 16h22
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  • iPhone 8 (Okan Ozer/Anadolu Agency/Getty Images)

    Quem desenvolve um aplicativo e o coloca à disposição de seus clientes na loja da AppStore, disponível em todos os iPhones do mundo, muitas vezes é pego de surpresa ao saber que terá de deixar 30% do valor do que for vendido por este canal para a Apple. A taxa é tão elevada que motivou uma das grandes brigas judiciais deste ano quando a Epic Games, dona do game Fortnite, abriu um processo contra a Apple, nos Estados Unidos, depois de ter seus jogos banidos da loja de aplicativos supostamente por tentar burlar o sistema de cobrança da AppStore. Até outras BigTechs questionaram a empresa. O Facebook chegou a fazer um comunicado durante a pandemia acusando-a de se negar a zerar a taxa para um programa que ajudaria os pequenos negócios. Mas, agora, a Apple diz que quer ajudar as pequenas empresas e anunciou nesta quarta-feira, 18, que vai cortar pela metade a taxa para quem fatura até 1 milhão de dólares por intermédio da loja. A novidade valerá no mundo todo, inclusive no Brasil, a partir de janeiro de 2021. A Apple, entretanto, não informou qual é a taxa de câmbio no país.

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    Apesar de ser um corte significativo, ainda assim a taxa ficará em 15%. Para a Apple, não vai significar uma perda de receita expressiva. Os aplicativos que faturam até 1 milhão de dólares respondem por apenas 5% do faturamento da sua loja, segundo a consultoria americana Sensor Tower, apesar de representarem mais de 95% das ofertas disponíveis. A empresa não divulga o quanto fatura exatamente com a AppStore, mas analistas estimam que no ano fiscal de 2020 tenha sido algo em torno de 20 bilhões de dólares. No balanço da empresa, as receitas com a AppStore estão numa linha chamada serviços que consolida também o faturamento com propaganda e serviços de nuvem. Na categoria serviços, a Apple faturou 53 bilhões de dólares no ano fiscal de 2020, que terminou em setembro. É a segunda maior receita da Apple, só perdendo para as vendas do iPhone, que somaram mais de 137 bilhões de dólares.

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    No comunicado feito nesta quarta, o presidente da empresa, Tim Cook, disse que a decisão de cortar as taxas se deve ao fato de as pequenas empresas serem a espinha dorsal da economia e o coração da inovação. “A App Store tem sido um motor de crescimento econômico como nenhum outro, criando milhões de novos empregos e um caminho para o empreendedorismo acessível a qualquer pessoa com uma grande ideia”, disse Cook, no comunicado. “Nosso novo programa leva esse progresso adiante — ajudando os desenvolvedores a financiar seus pequenos negócios, assumir riscos em novas ideias, expandir suas equipes e continuar a fazer aplicativos que enriquecem a vida das pessoas.”

    A taxa da Apple tem sido questionada no mundo inteiro não só pelas empresas, mas também pelas autoridades. Na Europa, a empresa está sendo investigada pelas autoridades por práticas anticompetitivas. O Congresso americano também questiona o poder dominante da empresa, que tem mais de um bilhão de aparelhos vendidos no mundo, o que significa um bilhão de clientes na sua AppStore. Neste ano, a Apple passou a ser a companhia mais valiosa do mundo e seu valor de mercado ultrapassa 2 trilhões de dólares. Mas não é só a Apple que cobra caro para permitir vendas pela sua loja de aplicativos. O sistema Android do Google também leva os seus 30%.

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