A briga das plataformas de comércio eletrônico nas redes sociais para chamar a atenção dos brasileiros terminou o primeiro semestre com a liderança da Amazon. Isso não significa que a gigante fundada por Jeff Bezos reine sozinha na internet verde-amarela. É o que mostra a primeira edição do ranking de eficiência do varejo (Rev), desenvolvido pela Datrix, startup de pesquisas focada no desempenho das marcas no mundo digital.
Segundo a Datrix, as dez marcas de varejo que mais se destacaram nas redes sociais no primeiro semestre são, pela ordem de classificação: Amazon, Mercado Livre, Havan, Magazine Luiza, Riachuelo, Shopee, Shein, McDonald’s, O Boticário e Burger King.
Para chegar ao ranking, a empresa monitorou 300 empresas, divididas em 12 setores do varejo, e processou quase 7 milhões de dados públicos coletados em redes sociais e sites de busca, como o Google. Também acompanhou 500 influenciadores digitais. Essa massa de informações foram agrupadas em três eixos: evidência (engajamento nas redes sociais das próprias marcas); buscas (interesse ativos dos usuários pelas marcas em sites de pesquisa); e tendência (quanto a marca é citada por influenciadores digitais).
“É inevitável que o marketing de toda empresa e de qualquer porte tenha uma ênfase especialíssima nas redes sociais”, diz o Antonio Lavareda, cientista político e um dos sócios da Datrix. A migração da publicidade para as redes é ilustrada pelos 35 bilhões de reais que as varejistas desembolsaram no ano passado para chamar a atenção dos usuários do Instagram, do TikTok e Facebook, entre outros sites de relacionamento. A cifra é 47% maior que os quase 24 bilhões de reais investidos em 2022.
“É importante então que as marcas saibam qual é a efetividade desse investimento nas redes sociais, não apenas do ponto de vista da sua performance específica, mas levando em conta o desempenho dos competidores”, acrescenta Lavareda. A Datrix é uma parceria da agência de comunicação GBR, fundada pelo jornalista Guilherme Barros, com o Ipespe, criada por Lavareda nos anos 1980. O comando da startup ficou a cargo de João Paulo Castro, também sócio da Datrix e professor da ESPM.