Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ajuda às nações pobres cai pela 1ª vez em 14 anos

Segundo a OCDE, a crise econômica global fez com que a ajuda aos países em desenvolvimento recuasse 2,7% em 2011, para 133,5 bilhões de euros

Por Da Redação
4 abr 2012, 10h43
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A crise econômica internacional, que afeta sobretudo os países desenvolvidos da Europa, fez com que a ajuda capitaneada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para as nações pobres caísse 2,7% em 2011, para 133,5 bilhões de euros. Trata-se do primeiro declínio desde 1997 nas transferências realizadas pelo chamado ‘clube dos ricos’, informou nesta quarta-feira o órgão com sede em Paris.

    Publicidade

    A Espanha, com redução de 32,7%, e a Grécia, com queda de 39,3%, foram os países que mais diminuíram sua ajuda à OCDE, em ambos como consequência dos cortes aplicados como resultado da crise econômica.

    Publicidade

    O país que mais contribuiu em termos absolutos foram os Estados Unidos, com uma verba de 30,7 bilhões de dólares, embora em termos relativos sua ajuda tenha diminuído 0,9% em relação a 2010.

    A Turquia, por outro lado, foi o país que mais aumentou sua ajuda em 2011, com alta de 38,2%.

    Publicidade

    A surpresa veio da Itália, também mergulhada em uma crise econômica e cuja contribuição deu um salto de 33%. Segundo a entidade, o desempenho se explica pelo fato de que houve “aumento dos perdões de dívida e aumento das chegadas de refugiados provenientes do norte da África”.

    Continua após a publicidade

    O secretário-geral do organismo, o mexicano Ángel Gurría, elogiou os países que mantêm seus compromissos, apesar dos duros planos de consolidação fiscal. Na avaliação dele, essas nações mostram que a crise não deve ser usada como desculpa para reduzir as contribuições.

    Publicidade

    A cooperação ao desenvolvimento não é a única via financeira de ajuda aos países mais desfavorecidos. “Estes duros tempos de crise significam também menos investimentos e menos exportações”, lamentou Gurría.

    Variações – Entre os países que aumentaram sua contribuição estão Israel (14,9%), Nova Zelândia (10,7%), Suécia (10,5%), Suíça (13,2%), Alemanha (5,9%) e Coreia do Sul (5,8 %), enquanto entre os que mais cortaram sua contribuição aparecem Japão (10,8%), Noruega (8,3%), Islândia (18,2%), Áustria (14,3%), Bélgica (13,3%), França (5,6%) e Luxemburgo (5,4%).

    Publicidade

    “Os contínuos ajustes dos orçamentos dos países da OCDE exercerão pressão sobre os níveis de ajuda nos próximos anos”, destacou a OCDE, lembrando que o objetivo das Nações Unidas é que a ajuda ao desenvolvimento dos países ricos alcance 0,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

    Continua após a publicidade

    Os países que em 2011 superaram essa marca foram Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia, enquanto ficaram abaixo Grécia, Itália, Japão e Coreia, entre os grandes doadores, e República Tcheca, Estônia, Hungria Israel e Polônia, entre os menores contribuintes.

    Publicidade

    A ajuda destinada pelos 27 membros da União Europeia (UE) representou 54% do total e alcançou os 73,6 bilhões de dólares, 0,42% de seu PNB, contra 0,44% registrado em 2010. Por regiões, e segundo os dados preliminares da OCDE, a maior parte da ajuda recaiu na Ásia (38,65 bilhões de dólares), seguida da África (38 bilhões de dólares) e América (9,9 bilhões de dólares).

    (Com agência EFE)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.