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A tentativa de Haddad de baixar a tensão entre o governo e o BC

Em meio a críticas de Lula ao BC, ministro afirmou que a ata do Copom é "mais amigável" e reconhece objetivo do pacote da Fazenda

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 fev 2023, 17h34 - Publicado em 7 fev 2023, 10h47
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  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 7, que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada também nesta terça-feira, “dá um passo” e “é melhor que o comunicado” publicado logo após a decisão da manutenção dos juros em 13,75%. Na segunda-feira, Haddad havia criticado o tom do comunicado, dizendo que poderia ter sido “mais generoso” com as medidas tomadas pelo governo.

    “Veio melhor que o comunicado (do Copom, divulgado na semana passada). Mais extensa, analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho do Ministério da Fazenda. É uma ata mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados”, afirmou a jornalistas após uma agenda com a ministra do Planejamento, Simone Tebet

    No mês passado, o Ministério da Fazenda anunciou um pacote de 243 bilhões de reais em impacto fiscal para tentar diminuir o déficit público. As medidas, a maioria delas do lado da receita, preveem, entre outras coisas, um programa de parcelamento de dívidas e o fim do voto de desempate no Carf a favor dos contribuinte. Na ata divulgada nesta terça-feira, o Banco Central destaca a desancoragem das expectativas de inflação a longo prazo, afirma que seguirá perseguindo a meta e diz que as expectativas inflacionárias mais altas têm entre os motivos as incertezas do caminho da política fiscal. Segundo o colegiado, no entanto, a execução do pacote apresentado pela Fazenda pode atenuar o risco fiscal e “será importante acompanhar os desafios na sua implementação”. 

    Haddad evitou jogar mais lenha na fogueira acesa por Lula, que questiona as metas inflacionárias vigentes e a manutenção dos juros altos. Segundo o ministro, é preciso uma boa coordenação entre a política fiscal, a cargo da Fazenda, e a monetária, de responsabilidade do BC. Nessa coordenação, a Fazenda afirmou que tem uma série de instrumentos sendo discutidos, como uma reforma nos instrumentos de crédito, a ser apresentada ao presidente Lula ainda neste mês e uma mudança no arcabouço fiscal. Esse instrumento, que substituirá o teto de gastos, deve ser apresentado em abril, junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO.

    Questionado se a próxima reunião do Conselho Monetário Nacional, que acontecerá na próxima semana, vai abordar a revisão das metas de inflação ou adiantar a decisão para 2025, Haddad afirmou que a pauta “ainda não está definida”. As metas inflacionárias são decididas pelo CMN, que tem tanto membros do executivo quanto da autoridade monetária.

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