Diante dos boatos de que estaria “patrocinando” as manifestações em estradas e rodovias pelo Brasil, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não está envolvido nas ações. Alguns movimentos, inclusive, acontecem em frente às unidades da rede, e são suportados por churrasco e cerveja, ao som de músicas em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas na eleição presidencial no último domingo, dia 30. Segundo a empresa, os manifestantes estão se reunindo nas unidades “de forma espontânea”.
“Diante de tudo que tem acontecido, o empresário Luciano Hang esclarece que são falsos os boatos, fotos, áudios e vídeos que circulam nas redes sociais de que ele está envolvido, se manifestando ou patrocinando movimentos de paralisação de estradas ou rodovias. Manifestações em frente às megalojas estão sendo organizadas de forma espontânea, sem qualquer vínculo com a Havan ou com o empresário”, afirma a nota. “Desejamos o melhor para o Brasil e para todos os brasileiros.”
Questionada se Hang paralisará os investimentos no Brasil a partir da vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Bolsonaro no pleito, a assessoria não retornou o contato. Em entrevista a VEJA antes do primeiro turno das eleições, o empresário disse: “Vou repensar a minha vida se uma desgraça [a vitória do PT] dessa acontecer. Eu não me vejo mais investindo no Brasil se a esquerda voltar. Sei que se a esquerda voltar não sairá mais do poder, como aconteceu em outros países.” Hang também ameaçou sair do país caso Bolsonaro perdesse as eleições. Desde a confirmação da derrota do atual presidente, o “Véio da Havan”, como é conhecido, não se manifestou acerca do resultado nas urnas.