A 99 vai permitir que motoristas estrangeiros cadastrem-se na plataforma a partir desta quarta-feira, Dia Mundial do Refugiado. A iniciativa é uma parceria com o Instituto Adus, que auxilia pessoas em situação de refúgio a reconstruírem suas vidas no Brasil.
Para realizar o cadastro, os refugiados precisarão de um número de CPF e de uma CNH com EAR (exerce atividade remunerada) – ambos os documentos podem ser obtidos com o governo brasileiro. Durante o cadastro no aplicativo da 99, os motoristas devem digitar a data de emissão do RNE (Registro Nacional de Estrangeiros) no campo “data de emissão de RG”.
Uma parceria da 99 com locadoras de carro também deve ajudar os estrangeiros. Com isso, é possível alugar veículos a preços menores.
Motoristas da plataforma também são beneficiados com outras parcerias que dão descontos em restaurantes, celulares e até em um curso de inglês. O Instituto Adus oferece aos estrangeiros curso de português e de qualificação profissional.
Concorrência
A Cabify já permite que estrangeiros cadastrem-se na plataforma – o processo é semelhante ao realizado pelos brasileiros. É necessário apresentar documentos como o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE), Cadastro da Pessoa Física (CPF) e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com a observação que exerce atividade remunerada (EAR).
Após o cadastro, o estrangeiro cumpre os exames psicológicos e toxicológicos. Antecedentes criminais também são requeridos. Os processos são exigidos para qualquer candidato a motorista.
Procurada, a Uber informou que aceita “estrangeiros como motoristas parceiros da plataforma desde que a empresa iniciou suas operações no país, em 2014”. Para se cadastrar no aplicativo, basta que pessoas habilitadas para dirigir no Brasil tenham a indicação de atividade remunerada na CNH. “A Uber tem parcerias com as maiores locadoras do país, que oferecem preços especiais aos parceiros de qualquer nacionalidade que precisam de acesso a um carro para começar a gerar renda”, informa o aplicativo.