Um dos principais convidados da Comic Com Experience (CCXP) 2017, Will Smith fez a festa dos fãs que participaram do último painel do evento, na noite deste domingo. Na ocasião, o novo filme do ator, Bright, produzido pela Netflix, foi exibido para a plateia, antes da entrada de Smith no palco, acompanhado pelo colega de elenco Joel Edgerton e do diretor David Ayer.
Sobre o filme, o trio, claro, era só elogios. Falaram sobre o realismo das cenas de ação, algumas com dublês, muitas outras com os próprios atores; sobre os efeitos especiais e a maquiagem, que tomava de Edgerton três horas por dia durante dois meses, para encarnar o orc Nick Jacoby. “Eu também sofria muito com a maquiagem, gastava de seis a sete minutos do meu dia”, brincou Smith.
Na trama, Smith é um policial obrigado a dividir as tarefas do dia com Jacoby. Orcs, fadas e elfos vivem em Los Angeles nos dias atuais. Alguns são mais aceitos pela sociedade que outros, caso dos orcs, que são marginalizados. “Foi interessante para mim, como afrodescendente, interpretar o racista desta vez. Tive que olhar pela visão de alguém que tem esse tipo de preconceito”, diz Smith.
Os atores ainda discorreram sobre o papel da ficção cientifica e da fantasia como uma linguagem que abre espaço para assuntos sérios, como preconceito, tratados de uma maneira mais palatável. “É como um remédio coberto de açúcar. Você toma e mal percebe”, disse o ator, depois de explicar que o filme era uma mistura dos longas Dia de Treinamento com Senhor dos Anéis.
Comic Con – Carismático, Smith, que antes circulou pelo evento com uma máscara de orc, subiu ao palco animando o público. Aproveitou para fazer um rap e entoar um trecho da música de abertura da série Um Maluco no Pedaço.
A palinha veio depois que o ator contou que Edgerton e ele fizeram um laboratório para o filme com policiais de verdade. “Andamos na parte de trás da viatura e os vimos atender chamados de verdade”, diz. Em determinado momento, eles pararam em um bairro predominantemente de negros e Smith falou que protegeria o amigo caso as coisas se complicassem. “Eu só teria que sair do carro e cantar”, brincou Smith, antes de entoar o hit.
No mesmo clima, o ator participou de uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, em São Paulo. Na conversa, ele voltou a reforçar o motivo pelo qual aderiu ao projeto. “O filme é entretenimento. Espero que as pessoas se divirtam. Sempre tento balancear entretenimento com ensinamentos, sabedoria. Com Bright, quero que se entretenham e, possivelmente, levem alguma coisa da história.”
Bright chega ao catálogo da Netflix no dia 22 de dezembro.