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Sofia Coppola a VEJA: “Cresci numa casa muito masculina”

Filha do cineasta Francis Ford Coppola, a diretora de 52 anos fala sobre seus filmes de feminilidade lancinante — como 'Priscilla', produção em cartaz

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jan 2024, 17h27 - Publicado em 12 jan 2024, 06h00

Seu filme Priscilla narra a conturbada relação de Elvis e Priscilla Presley pelo ponto de vista dela — que iniciou a relação aos 14 anos. O que mais a atraiu nessa trama real? Fiquei surpresa quando li a autobiografia Elvis e Eu. Foi como descobrir o ser humano por trás do mito. Gosto de saber como as pessoas se tornam quem são. Principalmente as mulheres, pois passamos por experiências e cobranças intensas na adolescência, quando ainda estamos descobrindo quem somos.

A trajetória de Priscilla, jovem que consegue se libertar da gaiola dourada onde vivia com o marido, foi comparada à de outra personagem de um filme seu, a rainha francesa Maria Antonieta. Como vê o paralelo? Entendo a conexão. Cheguei a pensar se eram histórias parecidas demais, mas não são. Priscilla conduziu a própria história, não ficou presa, como Maria Antonieta; ela achou forças para se libertar, e isso é fascinante.

Lisa Marie, filha do casal, foi contra o filme, dizendo que o pai seria retratado como vilão — e impediu o uso das músicas dele na trilha. Como foi enfrentar esse empecilho? Foi uma pena, já que a intenção não era essa. Eu queria ter usado músicas do Elvis, mas, por fim, encontramos saídas criativas, reunindo uma ótima trilha sonora focada na Priscilla. Também construímos do zero uma Graceland (mansão do cantor) no set em Toronto.

Seu pai, Francis Ford Coppola, dirigiu alguns dos filmes mais masculinos da história, como O Poderoso Chefão. Já sua abordagem é sob uma ótica feminina. Vocês conversam sobre essa distinção? Eu cresci em uma casa muito masculina, era a única garota por parte da família Coppola e sempre tive meu pai como exemplo. Acho que me apeguei à feminilidade para me destacar entre tantos garotos. E, sim, meu pai me apoia e se interessa pelos meus filmes. Acho que ele aprecia esse ponto de vista feminino.

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Você já desabafou sobre as dificuldades de conciliar trabalho e maternidade em Hollywood — e sua filha mais velha viralizou no TikTok com um vídeo no qual ironiza a ausência dos pais em casa. Como lida com essa pressão? Honestamente, ainda não descobri como lidar com isso, sempre pergunto para outras mulheres como elas fazem e aprendo um pouco mais. É desafiador ser mãe e profissional, mas vale a pena. Felizmente, posso dar bons intervalos entre meus filmes para ficar em casa mais tempo.

Publicado em VEJA de 12 de janeiro de 2024, edição nº 2875

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