Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Riqueza enche de arte um novo distrito de Nova Délhi

É tarde da noite e a multidão endinheirada e interessada em arte da capital da Índia congestiona as galerias de onde sai por um labirinto estreito de ruas, bebendo taças de vinho e analisando catálogos. Lado Sarai, e sua confusão de ruas e prédios construídos desordenadamente no interior de Nova Délhi, foi transformado em novo […]

Por Por Penny MacRae
3 jan 2012, 15h53
  • Seguir materia Seguindo materia
  • É tarde da noite e a multidão endinheirada e interessada em arte da capital da Índia congestiona as galerias de onde sai por um labirinto estreito de ruas, bebendo taças de vinho e analisando catálogos.

    Publicidade

    Lado Sarai, e sua confusão de ruas e prédios construídos desordenadamente no interior de Nova Délhi, foi transformado em novo e próspero distrito de arte, onde carros das marcas Mercedes e BMWs disputam espaço com carroças de boi.

    Publicidade

    “Com o clima de incerteza econômica mundial, prefiro optar por investimentos em ativos ‘reais’ como ouro, imóveis e arte”, disse o executivo do ramo bancário Suresh Basu, 34, enquanto folheava um catálogo.

    Assim como o boom econômico da China ajudou a desenvolver um importante cenário artístico doméstico, em rápida expansão, a Índia experimenta uma popularidade própria de venda de arte, entre uma classe média em ascensão.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Lado Sarai surgiu como um distrito de arte quando donos de galerias procuravam espaço.

    A atração de Lado Sarai é seu estatuto autônomo, o que significa não estar subordinado a políticas de planejamento das autoridades municipais.

    Publicidade

    No entanto, aí, os aluguéis são muito mais baratos que os do centro de Nova Délhi.

    Continua após a publicidade

    “Os donos de galerias podem ter espaços muito maiores aqui”, disse Neha Kirpal, diretora da anual Feira de Arte de Índia.

    Publicidade

    A movimentada área tornou-se pioneira como distrito de arte, quando uma executiva, Mamta Singhania, foi impedida de abrir a própria galeria num bairro residencial.

    Singhania deparou-se com Lado Sarai – próxima dos requintados enclaves do sul de Délhi – e deu à vizinhança, formada, então, por pequenas lojas que vendiam no varejo comida, roupas e outros itens, sua primeira galeria em 2009. “Não achei outro lugar que coubesse no meu orçamento, então comecei aqui e outras galerias me seguiram – há muitas pessoas agora”, disse Singhania à AFP. “A vizinhança se tornou um lugar vibrante e movimentado”.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    A mídia local indiana classifica a área como a nova “principal rua de arte” da capital. Alguns proprietários inauguram suas exposições na mesma noite, para que as pessoas interessadas em arte possam circular de uma galeria à outra.

    “É um bom lugar para expor”, disse Bose Krishnamachari, um artista de Kerala, um estado ao sul, cujos trabalhos contemporâneos estavam expostos em uma galeria elegante e bem iluminada chamada Latitude.

    O mercado de arte indiano ainda está no começo, com vendas correspondendo a 1% do global, avaliado em torno de US$ 40 bilhões, mas especialistas preveem que vá crescer rapidamente.

    Continua após a publicidade

    A maioria dos compradores são da ascendente classe média ou ricos da diáspora indiana.

    “Em termos de proprietários de obras de arte ainda estamos, por assim dizer, na Índia, na ponta do iceberg”, disse Kirpal, a organizadora de uma feira. “Mas o mercado de arte indiano pode se animar diante de um longo período de crescimento” econômico.

    As galerias em Lado Sarai atendem a uma ampla gama de clientes, com obras que variam de modestos US$ 100 ou US$ 200 a milhares de dólares.

    Continua após a publicidade

    “Ainda há uma série de aprendizados a serem feitos pelos compradores sobre os artistas indianos. Alguns deles me perguntam quais devem comprar”, disse Tulika Kedia, dona da Lado Sarai Must Art Gallery.

    Por muitos anos, a sabedoria convencional dizia que os colecionadores indianos compravam apenas peças indianas, mas negociadores estrangeiros acreditam que a crescente economia da Índia está criando um grupo considerável de compradores interessados em arte internacional.

    “As galerias ocidentais, agora, estão vendo a Índia como um importante mercado”, disse Kakar, da galeria Latitude.

    Em 2008, quando Kirpal lançou sua feira de arte, apenas 34 galerias de quatro países fizeram exposições. Este ano, 90 galerias de 19 países estarão no evento que vai de 25 a 29 de janeiro, disse Kirpal.

    “Mais cedo ou mais tarde, todas as grandes galerias internacionais começarão a vender na Índia porque o dinheiro está aqui”, acrescentou ela.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.