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Quem são os ‘muy amigos’ de Putin em Hollywood

Celebridades do cinema desenvolveram relação de longa data com o presidente russo, e agora estão sendo questionados diante da invasão à Ucrânia

Por Amanda Capuano Atualizado em 7 mar 2022, 16h43 - Publicado em 7 mar 2022, 16h15

Nos últimos anos, o presidente russo Vladimir Putin foi fotografado com uma série de celebridades, muitas delas levadas ao país por intermédio do nova-iorquino Samuel Aroutiounian, especializado em atrair talentos de Hollywood para a Rússia como uma forma de demonstrar a abertura do país ao Ocidente. Assim, nomes como Sharon Stone, Kevin Costner, Kurt Russell e Goldie Hawn já aplaudiram o presidente russo em eventos locais, mas não possuem laços estreitos com o político. Mesmo caso de Leonardo DiCaprio e Paul McCartney, que foram clicados ao lado de Putin em ocasiões pontuais. Há aqueles, porém, que desenvolveram uma relação mais estreita com Putin, e agora se veem em uma sinuca de bico com a invasão da Ucrânia. Confira a seguir algumas dessas celebridades:

Oliver Stone

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Oliver Stone durante entrevista com Vladimir Putin no Kremlin. (Alexei Druzhinin/Russian Presidential Press/Getty Images)

Diretor do documentário Entrevistas com Putin, de 2017, o nova-iorquino costuma denunciar o imperialismo americano, por tabela, demonstra apoio a Vladimir Putin e disseca figuras controversas como Fidel Castro e Hugo Chávez. Mesmo assim, ele se posicionou contra a invasão da Ucrânia através das redes sociais, dizendo que “apesar das muitas guerras e agressões pesando na consciência dos Estados Unidos”, isso não justifica o ataque de Putin à Ucrânia. “Uma dúzia de erros não torna isso certo. A Rússia está errada em invadir”, disse no Twitter. No longo comunicado, ele alerta para agressões de soldados ucranianos antes da invasão, diz que Putin caiu em uma armadilha dos Estados Unidos, e que “os únicos felizes com isso são nacionalistas russos e a legião de ‘odiadores’ da Rússia que enfim conseguiram o que sonharam por anos.”

Steven Seagal

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Steven Seagal e Vladimir Putin no Sambo-70, uma escola de artes marciais na Rússia (Sasha Mordovets/Getty Images)

Em 2014, Steven Seagal expressou seu apoio à ocupação russa da Crimeia descrevendo a ação militar como”muito razoável” e Vladimir Putin como um dos “melhores líderes vivos”. Por seu apoio, o ator foi laureado com uma cidadania russa em 2016, recebendo o passaporte das mãos de Putin. A naturalização levou a Ucrânia a banir Seagal de seu território em 2017 e, um ano depois, o astro de A Força em Alerta (1992) foi nomeado pelo Ministério do Exterior Russo como um agente humanitário que ajudaria a estreitar os laços entre o país e os Estados Unidos. No ano passado, se filiou ao partido pró-Putin A Just Rússia — Patriots — For Truthe, e optou por uma abordagem “conciliatória” em relação à invasão da Ucrânia. Em entrevista a Fox News, jogou a culpa para terceiros dizendo que enxerga Rússia e Ucrânia “como uma única família” e acredita que “tudo isso é fruto de entidades externas gastando somas gigantescas de dinheiro em propaganda para provocar os dois países a guerrearem entre si”

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Gérard Depardieu

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O ministro da Cultura da Chechênia, Dikal Muzakayev, à direita, ao lado do ator francês Gerard Depardieu em 2013, com retrato de Vladimir Putin ao fundo (ELENA FITKULINA/AFP/Getty Images)

Na última década, o ator francês se tornou uma das celebridades ocidentais mais próximas de Vladimir Putin. Estrela de filmes como Cyrano de Bergerac (1990) e Green Card: Passaporte do Amor (1990), ele assumiu a cidadania russa em 2013, para escapar do pagamento de impostos na França. Em uma carta veiculada na televisão estatal naquele ano, declarou que a Rússia é uma “grande democracia”, que ama Vladimir Putin e que o sentimento é recíproco. Um ano depois, com a ocupação da Crimeia, declarou durante o Festival de Cinema de Latvia que a Ucrânia é “parte da Rússia”. A medida que a tensão entre os dois países escalava nas últimas semanas, pediu em entrevista à televisão francesa que o ocidente “deixasse Vladimir em paz”, mas voltou atrás na defesa cega ao russo — em entrevista ao site French Press, condenou a invasão da Ucrânia, disse ser contra “esta guerra fratricida” e pediu para que os países abaixem as armas e negociem.

Jean-Claude Van Damme

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Putin e Jean-Claude Van Damme durante evento de luta na Rússia, em 2007 (Vladimir Rodionov/AFP/Getty Images)

Van Damme, ao contrário dos outros citados, não tem uma relação tão próxima a Putin, mas defende o diálogo com o russo. Em 2007, os dois se encontraram durante um evento de artes marciais na Rússia, e  chegaram a se enfrentar em uma espécie de luta amadora em 2010, confirmou o ator ao The Hollywood Reporter. Mais recentemente, em 2016, o astro nascido na Bélgica afirmou ao TMZ que os Estados Unidos deveria ser gerenciado como um negócio. “Não é hora de falar sobre cyber ataques. É hora de voar até a Rússia, falar com Putin e tentar estabelecer a paz, porque todos os outros são países fracos. Os Estados Unidos é forte, e a Rússia é forte, então, eles precisam apertar as mãos”, falou ao TMZ. Van Damme não se pronunciou sobre a invasão à Ucrânia.

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