Uma terceira mulher acusou, nesta terça-feira, o cineasta Roman Polanski de abuso sexual quando ela ainda era menor de idade. A mulher, identificada somente como Robin, disse em coletiva em Los Angeles que foi uma vítima do cineasta franco-polonês quando tinha 16 anos, em 1973. O diretor fugiu dos Estados Unidos em 1978 após ser condenado pelo estupro de outra menina.
“Um dia depois do que aconteceu, disse a um amigo o que o senhor Polanski tinha feito comigo”, declarou a mulher, lendo um comunicado que havia sido previamente preparado. “A razão, excetuando-se isso, de eu não ter contado a ninguém é porque não queria que meu pai fizesse algo que pudesse levá-lo à prisão pelo resto de sua vida”.
A advogada Gloria Allred, que representa a mulher, afirmou que o incidente aconteceu no sul da Califórnia. O caso está prescrito e a advogada afirma que Robin não vai apresentar uma queixa civil.
O diretor de O Bebê de Rosemary e Chinatown, que completará 84 anos na sexta-feira, foi acusado de drogar Samantha Geimer quando ela tinha 13 anos antes de estuprá-la. Polanski admitiu o estupro e passou 48 dias sob custódia para ser submetido a uma avaliação psiquiátrica antes de ser liberado. De acordo com documentos judiciais arquivados por seu advogado, Harland Braun, o juiz prometeu a Polanski que esse período seria o único de sua pena.
Robin disse ter ficado “furiosa” quando Geimer apareceu no Superior Tribunal de Los Angeles em junho para reforçar que o cineasta havia cumprido a sua pena e o que assunto deveria ser resolvido logo. “Estou falando agora para que Samantha e o mundo saibam que ela não foi a única vítima menor de idade de Roman Polanski”, declarou. “Isso ainda não acabou e acredito que Roman Polanski deva ser responsabilizado por sua conduta criminosa com Samantha Geimer.”
A segunda acusação de abuso sexual contra Polanski surgiu em 2010, quando a atriz Charlotte Lewis afirmou que o diretor havia abusado dela em 1983, quando ela tinha 16 anos.
(Com AFP)