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Os livros que inspiraram os filmes indicados ao Oscar 2022

Clássicos dominam lista de obras adaptadas para o cinema e nomeadas pela premiação de Hollywood

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 fev 2022, 15h59

De um conto do aclamado autor japonês Haruki Murakami até o calhamaço de Duna, obra de Frank Herbert, são variados os livros adaptados para o cinema que este ano concorrem em categorias relevantes do Oscar. Confira abaixo:

 

Duna

(Tradução de Maria do Carmo Zanini; Aleph; 680 páginas)
(Tradução de Maria do Carmo Zanini; Aleph; 680 páginas) (Editora Aleph/Reprodução)

Precursor de tramas como Star Wars, Matrix e até Game of Thrones, em que a ficção científica ou a fantasia se mesclam a conceitos filosóficos e religiosos, Duna, do americano Frank Herbert (1920-1986), foi lançado em 1965 e ganhou mais cinco sequências – fora os livros derivados que surgiriam depois da morte do autor. A trama se passa no futuro e acompanha os dilemas políticos de um império intergaláctico feudal. No Oscar deste ano, a adaptação do cineasta Denis Villeneuve concorre em dez categorias, entre elas a de melhor filme.

 

(Tradução de Marcello Lino; Intrínseca; 176 páginas)
(Tradução de Marcello Lino; Intrínseca; 176 páginas) (//Divulgação)

A Filha Perdida

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Mais uma criação ácida da literatura de Elena Ferrante, o romance de 2006 segue Leda, uma professora universitária que não esconde o alívio de estar sozinha agora que as filhas, crescidas, não dependem mais dela e vivem com o pai, no Canadá. De férias no sul da Itália, porém, ela lida com uma barulhenta família napolitana e passa a notar com afinco a rotina de Nina, uma jovem mãe que a lembra do passado. A adaptação concorre a três estatuetas do Oscar, de melhor roteiro adaptado, melhor atriz e atriz coadjuvante, para Olivia Colman e Jessie Buckley, respectivamente.

 

 

Capa do livro 'The Power of the Dog', de Thomas Savage
Capa do livro ‘The Power of the Dog’, de Thomas Savage (//Divulgação)

Ataque dos Cães

A produção da Netflix é líder de indicações ao Oscar deste ano, concorrendo em doze categorias, e favorito para levar o prêmio principal da noite de melhor filme. A trama sobre um caubói ardiloso que esconde da sociedade sua orientação sexual foi inspirada no livro The Power of the Dog, de Thomas Savage, publicado em 1967. A obra é semiautobiográfica, trazendo experiências do autor que era gay e filho de uma mulher que foi humilhada pela família do padrasto, em uma fazenda em Montana. Até o momento, o livro não possui uma tradução para o Brasil.

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(Tradução de Flávia Souto Maior; Planeta; 304 páginas)
(Tradução de Flávia Souto Maior; Planeta; 304 páginas) (//Divulgação)

O Beco do Pesadelo

O livro O Beco das Ilusões Perdidas, que deu origem ao filme, foi lançado em 1946 pelo autor William Lindsay Gresham (1909-1962), um dos expoentes da literatura noir. Entusiasta dos mistérios da mente e da humanidade, que o levou a mergulhar na psicanálise e em estudos místicos, Gresham se dedicou a olhar para a natureza humana, especialmente o que há de pior nela. Assim como no filme, a obra acompanha um golpista que ilude pessoas por dinheiro.

 

(Tradução de Alda Porto; Martin Claret; 123 páginas)
(Tradução de Alda Porto; Martin Claret; 123 páginas) (//Divulgação)
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A Tragédia de Macbeth

Indicado em três categorias do Oscar, entre elas melhor ator para Denzel Washington, o filme dirigido por Joel Coen usa o texto original de William Shakespeare no qual o protagonista, Macbeth, trama um plano com sua esposa para assassinar o rei e tomar para si a coroa. O texto poético divaga sobre os pilares da sociedade, o perigo da ganância e o amor pelo poder.

(Tradução de Eunice Suenaga; Alfaguara; 240 páginas)
(Tradução de Eunice Suenaga; Alfaguara; 240 páginas) (//Divulgação)

 

Drive My Car

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Uma das boas surpresas da categoria de melhor filme deste ano é o filme japonês Drive My Car, que soma quatro indicações à estatueta – e dificilmente sairá do prêmio sem o troféu de melhor filme internacional. Dirigido por Ryusuke Hamaguchi, a produção de 3 horas, curiosamente, se inspirou em míseras 40 páginas do conto de mesmo nome do aclamado autor japonês Haruki Murakami. No Brasil, o texto foi publicado no livro Homens Sem Mulheres, composto por sete contos do escritor. Na trama, um ator é conduzido por uma motorista mulher fora dos padrões que ele considera femininos.

 

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