O novo golpe de Anna Delvey, a golpista de ‘Inventando Anna’
Curadora de exposição de arte da jovem teria passado 8.000 dólares em seu cartão de crédito para cobrir despesas com a mostra, mas não recebeu reembolso
A golpista Anna Delvey está sob custódia do serviço de imigração americano, mas nem assim para de dar problema. Em uma entrevista ao site New York Post, a curadora da exposição de artes da malandra em Nova York disse que ainda não foi reembolsada pelos gastos que teve com a organização da mostra — o que não é exatamente uma surpresa para quem acompanhou as peripécias da falsa herdeira na série Inventando Anna, da Netflix.
Em uma história que renderia facilmente mais um capítulo da série, a artista Julia Morrison, que fez parte da curadoria da exposição coletiva Free Anna, em março, disse à publicação que Anna passou cerca de 8.000 dólares em seu cartão de crédito para cobrir custos com moldura, impressão, digitalização, transporte e confecção de camisetas. Ela afirma que o outro organizador, Alfredo Martinez — um sócio da golpista condenado a três anos de prisão em 2002 por fabricar e vender obras falsificadas de Jean-Michel Basquiat — prometeu que ela seria reembolsada.
Como era de se esperar pelo histórico da dupla, o pagamento nunca chegou. O modus operandi, inclusive, é bem similar aos golpes dados por Anna ao longo de sua jornada criminosa em Nova York. Um dos casos mais emblemáticos retratados na série da Netflix é o da ex-amiga Rachel Williams, que acabou com uma dívida de 62.000 dólares no cartão corporativo após passá-lo para cobrir as despesas de uma viagem a Marrocos, acreditando que seria reembolsada. “Não posso me dar ao luxo de simplesmente deixar para lá 8.000 dólares das despesas de Anna Delvey no meu cartão. Eu não estava fazendo isso para ser uma boa amigo para ela, fiz pela exposição, e sabendo que seria reembolsada pelos custos. Ao menos foi o que Alfredo me prometeu”, acusa Morrison. Procurado pela publicação, Martinez, disse que eles ainda estão na fase de gastar dinheiro com o projeto, mas que ela será paga.
Morrison também alegou que houve um acordo entre ela, o negociante de arte Chris Martine e Martinez de que os co-curadores da exposição coletiva fariam a curadoria da exposição solo de Anna, que aconteceu em maio em Nova York, e receberiam parte dos lucros, mas que ela foi “completamente cortada” da organização. Depois de ser ignorada por Martine, Morrison foi a própria Anna buscar o reembolso das despesas. “Esta é a primeira vez que ouço sobre isso”, escreveu Anna a Morrison em uma mensagem do dia 18 de maio, antes de bloquear o número. Um porta-voz da golpista disse à publicação que as despesas existem, mas Anna “definitivamente não prometeu nenhum dinheiro a Julia” e que Morrison teria tentado extorqui-la ameaçando levar o caso à imprensa.