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‘O Lobo Atrás da Porta’ e ‘De Menor’ vencem Festival do Rio

Evento dividiu troféu principal pela primeira vez. 'Tatuagem' foi o filme mais premiado – venceu em cinco categorias, entre elas o prêmio do público

Por Flávia Ribeiro, do Rio de Janeiro
11 out 2013, 03h34
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  • (Atualizado às 18h20)

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    Pela primeira vez em 15 anos de evento, o Festival do Rio 2013 dividiu o título de melhor filme entre dois longas. Os grandes vencedores do Troféu Redentor foram O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra, e De Menor, de Caru Alves de Souza.

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    “Nós dois ganhamos o mesmo edital, nós dois estivemos no Festival de San Sebastián (Espanha) juntos, nós dois somos de São Paulo, nós dois somos estreantes em longas-metragens e nós dois agora ganhamos o mesmo prêmio”, comentou Coimbra, referindo-se a ele próprio e a Caru, durante a cerimônia de premiação na noite desta quinta-feira, no Armazém da Utopia, zona portuária do Rio.

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    O Lobo Atrás da Porta ganhou também o prêmio de melhor atriz, conferido a Leandra Leal. O melhor ator foi Jusuíta Barbosa, por Tatuagem, que acabou como o filme mais premiado da noite, com cinco troféus. Além de melhor ator, o longa recebeu o Prêmio Especial do Júri na categoria ficção, melhor filme pelo voto popular, melhor ator coadjuvante e o Prêmio da Federação Internacional dos Críticos de Cinema (Fipresci).

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    O troféu de Melhor Documentário foi para Histórias de Arcanjo – Um Documentário Sobre Tim Lopes, de Guilherme Azevedo. Já o de melhor direção foi para Cao Guimarães e Marcelo Gomes, por O Homem das Multidões.

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    Cinema brasileiro – A edição de 2013 de festival, e seu resultado, expressam o bom momento do cinema nacional. “Quando a gente pensa o festival, a cada ano, não planeja em abrir e fechar necessariamente com filmes brasileiros, mas com produções que tenham relevância. A gente até procura abertura ou encerramento tenham alguma conexão com o Brasil. Mas é a primeira vez que isso acontece. E a primeira vez também que temos uma abertura em 3D, de Amazônia, numa projeção gloriosa”, comemorou a diretora do Festival, Ilda Santiago.

    Ilda conta que outra preocupação na edição deste ano foi com a sustentabilidade. “Tivemos um festival muito político, com muitas produções falando sobre o tema da sustentabilidade. Amazônia e Serra Pelada são exemplos para o mundo, nesse sentido: do que pode ser o futuro e do que foi feito no passado, mas não deve ser repetido”, acredita.

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    O Festival do Rio ganhou cores políticas, fora das telas, por força das circunstâncias. As manifestações de apoio aos professores ficaram concentradas na região da Cinelândia, no Centro, onde fica o histórico cinema Odeon, palco das principais sessões de gala e da cerimônia de premiação. Por isso, as sessões tiveram que ser transferidas para salas do Estação Rio, em Botafogo, e do Cinépolis Lagoon, na Lagoa, entre outras. A entrega do Troféu Redentor aconteceu no Armazém da Utopia, no Cais do Porto, uma das sedes do evento.

    “Aprendemos muito este ano, porque vivemos um momento muito específico da cidade, do país. A gente não cogitava tirar as sessões e a premiação do Odeon, tanto que manteve lá o quanto a gente pôde. Só saiu quando virou uma questão de segurança. Nós tivemos que reestruturar as sessões de gala e a premiação. Que ficou linda, parecendo até o Globo de Ouro”, disse Ilda, na noite de encerramento..

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    À festa não faltou brilho. Mas foi indisfarçável também o esvaziamento que os acontecimentos externos causaram ao evento. Diversos premiados não foram até o Cais receber seu troféu, como os melhores diretores, Cao Guimarães e Marcelo Gomes, de O Homem das Multidões, e o melhor montador, Mair Tavares, de Estada 47. Ainda assim, havia gente suficiente para criar um clima de torcida organizada para alguns vencedores, como a atriz Leandra Leal (de O Lobo Atrás da Porta), o ator Jesuíta Barbosa (de Tatuagem) e o roteirista Paulo Morelli (de Entre Nós).

    A noite final foi inteiramente dedicada ao cinema brasileiro, como acontece todo ano. Mas o Festival teve sua boa dose de personalidades estrangeiras convidadas, especialmente diretores, como o americano Lee Daniels (provável indicado ao Oscar por O Mordomo da Casa Branca), o italiano Paolo Sorrentino (vencedor do prêmio de melhor diretor em Cannes por A Grande Beleza) e o argentino Juan José Campanella (estreando em animações com Um Time Show de Bola). Cerca de 300 mil pessoas assistiram a quase 400 filmes, num evento imprescindível no calendário anual da cidade.

    Confira abaixo todos os vendedores do Festival do Rio 2013:

    Competição oficial:

    Melhor Longa-Metragem de Ficção

    De Menor, de Caru Alves de Souza

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    O lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra

    Prêmio Especial do Júri – Ficção

    Tatuagem, de Hilton Lacerda

    Melhor Longa-Metragem Documentário

    Histórias de Arcanjo – Um documentário sobre Tim Lopes, de Guilherme Azevedo

    Prêmio Especial do Júri – Documentário

    A Farra do Circo, de Roberto Berliner e Pedro Bronz

    Menção Honrosa do Júri – Documentário

    Cativas – Presas Pelo Coração, de Joana Nin

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    Damas do Samba, de Susanna Lira

    Melhor Curta-Metragem

    Contratempo, de Bruno Jorge

    Melhor Direção

    Cao Guimarães e Marcelo Gomes, por O Homem das Multidões

    Melhor Ator

    Jesuíta Barbosa, por Tatuagem

    Menção Honrosa do Júri – Ator

    Francisco Gaspar, por Estrada 47

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    Melhor Atriz

    Leandra Leal, por O Lobo Atrás da Porta

    Melhor Atriz Coadjuvante

    Martha Nowill, por Entre Nós

    Melhor Ator Coadjuvante

    Rodrigo García, por Tatuagem

    Menção Honrosa do Júri – Ator Coadjuvante

    Julio Andrade, por Entre Nós

    Silvio Guindane, por Jogo das Decapitações

    Melhor Roteiro

    Paulo Morelli, por Entre Nós

    Melhor Montagem

    Mair Tavares, por Estrada 47

    Melhor Fotografia

    Pedro Urano, por Quase Samba

    Prêmio do público

    Melhor Longa-Metragem – Ficção

    Tatuagem, de Hilton Lacerda

    Melhor Longa-Metragem – Documentário

    Fla x Flu, de Renato Terra

    Melhor Curta-Metragem

    Jessy, de Paula Lice, Rodrigo Luna e Ronei Jorge

    Mostra Novos Rumos

    Melhor Longa-Metragem

    Tão Longe é Aqui, de Eliza Capai

    Menção Honrosa do Júri – Longa-Metragem

    O Menino e o Mundo, de Alê Abreu

    Melhor Curta-Metragem

    Todos Esses Dias em que Sou Estrangeiro, de Eduardo Morotó

    Menção Honrosa do Júri – Curta-Metragem

    Lição de Esqui, de Leonardo Mouramateus e Samuel Brasileiro

    Prêmio Fipresci

    Melhor Longa Latino-Americano

    Tatuagem, de Hilton Lacerda

    Mostra Geração

    Prêmio do Público

    Tom, o Garoto Malandro, de Manuel Prada

    Prêmio Forno de Minas para Curta-Metragem

    A Galinha que Burlou o Sistema, de Quico Meirelles

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