Vinte anos depois que Reed Hastings cofundou a Netflix e uma década depois que a companhia introduziu a transmissão de vídeos por streaming, ela atingiu um novo marco — um que é chave para sustentar seu ritmo de crescimento. A Netflix registrou 5,2 milhões de novos assinantes no trimestre de abril a junho, ultrapassando a barreira dos 100 milhões, resultado que fez as ações da empresa subirem nesta segunda-feira, em Wall Street.
O resultado melhor que o esperado deu alívio à empresa, que começava a vacilar e a ser apontada por analistas como passível de queda. As ações da companhia subiram 10,5%, chegando a 178,72 dólares, na negociação antes da abertura do mercado desta terça-feira, a caminho de acrescentar mais 7 bilhões de dólares ao valor de mercado de 70 bilhões de dólares da Netflix.
Em uma carta aos acionistas, a companhia atribuiu ao seu “conteúdo genial” o crescimento maior do que o esperado no número de assinantes. “Também cruzamos a meta simbólica de 100 milhões de membros, em um trimestre que agregou mais clientes fora do que dentro dos Estados Unidos. Foi um bom período”, afirmaram os responsáveis pela empresa em comunicado.
A Netflix, que previa ganhar 3,2 milhões de assinantes contra os 5,2 milhões obtidos, disse que 1,1 milhão são americanos, o número mais alto desde o segundo trimestre de 2011. A estimativa de analistas era ainda mais baixa: a de que a empresa ganharia apenas 2,59 milhões de clientes no período. Ao todo, mais da metade dos assinantes do serviço de streaming estão fora dos EUA hoje — 52,03 milhões pelo mundo contra 51,92 milhões em território americano. Não é divulgado o número de assinantes da empresa no Brasil, mas sabe-se que o país é um dos principais mercados para a plataforma de streaming.
Desde o último anúncio de desempenho, a companhia lançou as últimas temporadas de House of Cards e Orange is the New Black. No último Prêmio Emmy, as produções originais do Netflix obtiveram 91 indicações. Outras estrelas do catálogo da Netflix são as séries originais Stranger Things e The Crown.
(Com agências EFE e Reuters)