Morreu, aos 82 anos, o cineasta americano Peter Bogdanovich, diretor de títulos como A Última Sessão de Cinema (1971) e Lua de Papel (1973), filmes que marcaram época na chamada Nova Hollywood dos anos 60 e 70.
Parte de uma escola pioneira de teóricos do cinema, Bogdanovich era um crítico que, inspirado nos franceses, analisava os filmes com o mesmo didatismo de quem observa escolas artísticas. Ele também defendia o cinema de autor, algo pouco usual na Hollywood em seus primeiros quarenta anos de vida.
Colunista da revista Esquire, Bogdanovich foi recrutado para trabalhar em produções de cinema em 1966, ao lado de Roger Corman. Sua estreia como roteirista, diretor e produtor se deu em 1968, com Na Mira da Morte. Em seguida, veio o sucesso com A Última Sessão de Cinema (1971), um drama em preto e branco sobre jovens amigos que tentam fazer planos para a vida entre as feridas do período pós II Guerra Mundial e as incertezas do que se tornaria a Guerra do Vietnã.
Seu último filme de ficção foi Um Amor a Cada Esquina, de 2014, seguido pelo documentário The Great Buster, de 2018, sobre Buster Keaton, cineasta, ator e comediante que tomou Hollywood na década de 1920. Bogdanovich continuou a trabalhar como ator, sendo um de seus trabalhos mais recentes a minissérie Get Shorty: A Máfia do Cinema.