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Jimmy Kimmel acerta na ironia e promove seu programa no Oscar

Apresentador teve desempenho satisfatório, mas a festa será lembrada, mesmo, por causa da confusão sobre o ganhador do prêmio de melhor filme

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 19h23 - Publicado em 27 fev 2017, 07h45

Com uma grande responsabilidade na mão, Jimmy Kimmel conseguiu se sair bem durante a apresentação do Oscar. Levou o assunto inevitável do momento, a política americana, para a cerimônia de maneira irônica e sóbria, mas sem transformar a maior festa da temporada de premiações em um falatório engajado pouco compreensível pelo público geral. De quebra, ainda se autopromoveu, exibindo formatos que são a marca de seu programa, o Jimmy Kimmel Live!.

Seu discurso de abertura teve carga política – falou de racismo, de Meryl Streep, chamada de “superestimada” por Donald Trump, e provocou o presidente americano diretamente. Mas não parou por aí. A cada nova aparição, Kimmel fazia uma piada ou outra sobre os rumos dos Estados Unidos.

No começo da festa, o mestre de cerimônia afirmou que Trump comentaria o Oscar – e o discurso de abertura – no Twitter, a rede social favorita do presidente americano. No meio da premiação, porém, Kimmel percebeu que, até aquele momento, o presidente nada tinha falado sobre a festa – e foi provocá-lo. “Hey, Donald Trump, você está acordado?”, tuitou, marcando o presidente. “Meryl está mandando oi”, escreveu em seguida.

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Trump ainda não respondeu, mas os usuários da rede social adoraram: a primeira mensagem se tornou, em menos de quinze minutos após sua postagem, a mais retuitada da conta de Kimmel. O tuíte já foi compartilhado mais de 200.000 vezes e curtido mais de 400.000 vezes.

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Outro momento de piada que também virou autopromoção foi quando o apresentador levou para o palco do Oscar um famoso quadro de seu programa, o Mean Tweets, em que famosos leem mensagens maldosas sobre si mesmos postadas na internet. O Mean Tweets Oscar Edition contou com atores como Emma Stone, Ryan Gosling, Denzel Washington e Natalie Portman lendo xingamentos e piadas em um vídeo pré-gravado.

No geral, Kimmel fez um bom trabalho, oferecendo tiradas políticas a um público que já estava à espera disso e não se contentaria com menos. Mas o tom mais sério fez com que o americano não tenha se destacado tanto, afinal. A abertura da festa, por exemplo, se deu com a performance de Justin Timberlake, ao contrário do que acontece em várias premiações, geralmente iniciadas por uma apresentação do próprio mestre de cerimônia.

O desempenho de Kimmel foi satisfatório, mas a festa de 2017 dificilmente será lembrada por isso: ela ficará marcada na história, mesmo, por causa da confusão sobre o vencedor do prêmio de melhor filme. Por um equívoco constrangedor, La La Land – Cantando Estações foi anunciado como o ganhador, e não de Moonlight: Sob a Luz do Luar, que era o verdadeiro vencedor.

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