O Instituto Inhotim voltou a fechar as portas por causa da pandemia. Localizado em Brumadinho, Minas Gerais, o museu a céu aberto havia retomado as atividades em novembro, após permanecer fechado por oito meses, desde que foi instaurada a quarentena no estado em março.
“O Instituto Inhotim, sempre em consonância com as orientações dos órgãos oficiais de saúde, suspende a sua visitação de 7 a 17 de janeiro de 2021, após a determinação de lockdown parcial decretada pelo município de Brumadinho. Novos ingressos já podem ser adquiridos para datas a partir de 22 de janeiro, previsão de reabertura do parque”, disse a comunicação do museu a VEJA.
A cerca de 50 quilômetros de Belo Horizonte, a cidade de Brumadinho suspendeu atividades não essenciais, como academias, bares, restaurantes e lanchonetes, que deverão fechar a partir desta quinta-feira, dia 7. O decreto municipal vai até o dia 17. Em Belo Horizonte, a ocupação de leitos de UTIs bateu recorde, chegando a 83% na terça-feira, dia 5.
A nova pausa nas atividades se soma a uma sequência de reveses sofrida pelo museu. Com a crise provocada pela pandemia, o instituto demitiu mais de 80 pessoas. A pandemia atingiu Inhotim em um momento delicado, um ano após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho. A tragédia que despejou 14 milhões de toneladas de rejeitos de extração de minério de ferro na cidade matou ao menos 270 pessoas, e fez com que o Instituto suspendesse por um tempo as atividades, em respeito aos muitos funcionários que perderam familiares, além de ver diminuir o turismo na região.