Começa nesta sexta-feira, a partir das 15h, a oitava edição brasileira do Rock in Rio. Serão duas semanas de celebração, com alguns dos mais conhecidos nomes do pop, do rock, do rap e do heavy metal. Em meio à extensa lista de apresentações nessa babel musical, VEJA elegeu sete atrações realmente imperdíveis:
Drake (27/09, Palco Mundo)
Existe uma grande expectativa em relação ao show do rapper canadense, considerado a maior atração do festival. Ele está acostumado a quebrar recordes nas paradas. Drake chegou a ter seis discos simultaneamente entre os 200 mais vendidos da parada americana e superou três recordes dos Beatles. Colocou sete canções entre as dez mais contra cinco do quarteto inglês; quebrou um recorde de 1964 ao ter dez canções na parada por um ano inteiro e se tornou o segundo artista a ter mais canções entre as dez mais executadas. Drake é dono de um estilo de rap mais melodioso, com forte influência de soul music – uma pulsação irresistível para curtir e dançar.
Foo Fighters (28/09, Palco Mundo)
O grupo liderado pelo baterista, guitarrista e vocalista Dave Grohl é imbatível ao vivo. Uma máquina de reciclar o hard rock dos anos 70 para aproximá-lo do espírito do novo rock alternativo. A banda traz de volta a energia do rock’n’rol, com três guitarristas – Grohl, Pat Smear e Chris Shiflett –, o baixista Nate Mendel, mestre na tradição dos instrumentistas discretos mas essenciais no palco, e Taylor Hawkins, um baterista mais frenético que coelho de propaganda de pilhas. Some-se a isso um caminhão de hits com refrões feitos na medida para o público cantar junto.
Nile Rodgers & Chic (03/10, Palco Mundo)
O guitarrista e produtor Nile Rodgers é um dos principais nomes da música pop das últimas décadas. À frente do Chic, grupo que formou ao lado do baixista Bernard Edwards, ele foi um dos arquitetos da disco music. Como produtor, Rodgers trabalhou com David Bowie, Duran Duran e Madonna, entre outros. O guitarrista recentemente foi redescoberto pela dupla eletrônica Daft Punk, com quem, fez o sucesso Get Lucky. Rodgers toca os clássicos do Chic e mostra seus feitos musicais, numa apresentação mega dançante. Prazer garantidíssimo.
P!nk (05/10, Palco Mundo)
Versatilidade, teu nome é P!ink. A americana iniciou sua carreira no início dos anos 90, com o tempero do R&B (o novo nome da soul music). Depois, se aproximou do rock, tanto nas variações mais pesadas quanto nas baladas (entre os colaboradores que acumulou estão Tim Armstrong, do grupo punk/pop Rancid, e Linda Perry, do 4 Non Blondes). As apresentações de P!nk costumam ser marcantes, com uma banda muito bem azeitada, uma pegada de rock’n’roll e acrobacias arriscadas. Ela até exagera na empolgação: em 2010, chegou a despencar do alto do palco durante uma apresentação na Alemanha.
Mano Brown & Bootsy Collins (27/09, Palco Sunset)
Uma das melhores características do Sunset, palco secundário do Rock in Rio, é reunir artistas de origens diferentes, mas que falam a mesma linguagem. Mano Brown, rapper dos Racionais MC’s, lançou no ano passado o álbum Boogie Naipe, no qual recicla a sonoridade dos bailes black dos anos 70. Seu encontro com Bootsy Collins, ex-baixista da banda de James Brown (e autor do groove de Sex Machine) e ex-colaborador de George Clinton (outra lenda do funk), é uma oportunidade e tanto para incendiar a festa.
Slayer (04/10, Palco Sunset)
A apresentação no Rock in Rio marca a despedida do quarteto americano de thrash metal dos palcos brasileiros e mundiais. No início de 2019, o Slayer anunciou que iria se aposentar dos palcos – os motivos vão desde os problemas de saúde do baixista e vocalista Tom Araya às infindáveis brigas entre seus integrantes. O grupo é uma lenda do heavy metal. Eles criaram um estilo rápido e agressivo, com letras que fazem referências a assassinos (como Dead Skin Mask, inspirada no serial killer Ed Gein), guerras e demônios. Hits como Reign in Blood e Seasons in the Abyss são garantidos.
King Crimson (06/10, Palco Sunset)
Com 50 anos de atraso, essa lenda do rock progressivo faz sua estreia por aqui. Liderado pelo guitarrista Robert Fripp, um sujeito tão excêntrico quanto genial, o grupo faz um som mais para a cabeça que para os pés. São canções intrincadas, de uma precisão quase matemática, nas quais Fripp coloca em ação sua guitarra cheia de efeitos. O King Crimson teve diversas formações, mas a atual tem como atrativo TRÊS bateristas, o baixista Tony Levin (ex-Peter Gabriel e John Lennon) e Mel Collins, saxofonista que fez parte do período clássico do grupo.