Sua parceria com Anitta, em 2017, provocou disputa nas redes sociais — os fãs da brasileira acharam que Anitta ficou em segundo plano no clipe da canção Switch. A relação de vocês azedou? Na verdade, minha relação com Anitta sempre foi mais profissional. Mas é ótimo vê-la indo tão bem nos Estados Unidos, com cada vez mais parcerias no mercado americano.
Você já demonstrou o desejo de fazer uma colaboração com outra brasileira, Pabllo Vittar. Isso pode ocorrer num futuro próximo? Antes do que você imagina. Pabllo é minha amiga. Eu amo a Pabllo. Nós duas conversamos o tempo todo por mensagens e temos trocado ideias sobre uma parceria há meses, mas ainda estamos em busca da música perfeita. Existe muita expectativa sobre essa colaboração, e queremos ter certeza de estar à altura do que os fãs esperam.
Pretende se encontrar com Pabllo em sua passagem pelo país? Se Pabllo estiver no Brasil, com certeza. Sinto que já somos amigas, embora não nos conheçamos pessoalmente. Ela é a melhor pessoa para ter como companhia em passeios pelo Brasil. Adoraria vê-la no palco durante meu show, para fazer algo especial. Mas nunca se sabe, precisamos checar as agendas.
Você comentou recentemente no Twitter — e deletou o post — que não receberia mais fãs na porta dos hotéis. A medida vale para seu show em São Paulo, em 15 de dezembro? Não gosto de pessoas vindo até meu hotel. Uma vez, ouvi alguém dizer que um hotel é como uma casa longe de casa. Então, do mesmo jeito que não se vai à casa de um desconhecido sem ter recebido um convite, não se deveria ir ao hotel onde alguém está hospedado sem ser convidado.
O mesmo veto vale para os fãs que a aguardam no aeroporto? Não. Adoro quando fãs me esperam no desembarque do voo. Isso faz com que eu me sinta especial. Amo tirar fotos com eles. Quero que saibam que eu não me importo. Gosto muito de recebê-los.
Recentemente, você saiu em defesa de Taylor Swift no imbróglio entre a cantora e um empresário que agora é dono dos direitos da discografia dela. Ao mesmo tempo, você fez questão de garantir os direitos sobre seu último álbum, In My Defense. Por que isso é importante? Como artista e criadora, é essencial manter a posse do meu trabalho. Ideias têm valor, e os criadores deveriam ter direito sobre elas. Isso é especialmente difícil na indústria musical, porque o artista tende a perder o controle sobre suas ideias. No caso da Taylor, achei importante me posicionar. É essencial que se lance luz sobre uma realidade que precisa ser mudada.
Publicado em VEJA de 16 de outubro de 2019, edição nº 2656