Cantor assumiu publicamente sua orientação sexual em entrevista à 'CNN', após ser detido pela polícia americana por estar com um homem em banheiro público
Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h09 - Publicado em 26 dez 2016, 13h11
O cantor britânico George Michael, que morreu neste domingo aos 53 anos, era reconhecido como um símbolo gay e ativista dos direitos LGBT. Durante quase duas décadas, o artista se dedicou a apoiar pesquisas sobre a aids e a criticar estereótipos sexuais. Contudo, só passou a falar em público sobre sua orientação sexual após uma entrevista à rede de televisão americana CNN, em abril de 1998, quando assumiu que era gay. Pouco antes, George Michael havia sido detido pela polícia americana por estar com um homem em um banheiro público, em Bervely Hills.
A entrevista foi o primeiro grande pronunciamento do cantor, então com 34 anos, após o episódio. No programa, o britânico afirmou que não havia tido qualquer relação com outro homem até os 27 anos e que decidiu não falar sobre sua orientação sexual por ter enfrentado muita especulação sobre o assunto no início de sua carreira.
“Passei a primeira metade da minha carreira enfrentado acusações de ser gay no momento em que nunca havia tido nada parecido com uma relação homossexual”, disse, na época. “Passei muitos anos ouvindo como a minha sexualidade deveria ser… o que era muito confuso.”
“Nunca tive problemas morais em ser gay”
O cantor afirmou ainda que sempre havia falado sobre sua vida pessoal por meio de suas músicas. A detenção do cantor, nos Estados Unidos, rendeu inspiração para a música Outside, lançada em outubro de 1998. No ano seguinte, George Michael deu uma entrevista à revista The Advocate, especializada no público LGBT, em que afirmou que sua orientação sexual não era um problema moral:
“Nunca tive problemas morais em ser gay. Achei que tinha amado mulheres algumas vezes. Então, me apaixonei por um homem e percebi que nenhuma daquelas relações anteriores havia sido amor”, explicou.
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Uma de suas relações foi com o estilista brasileiro Anselmo Feleppa, que morreu em 1993 em razão de complicações da aids. A música Jesus to a Child foi dedicada a ele.
Em 1999, George Michael apresentou um documentário sobre experiências de jovens que conviviam com a aids em várias partes do mundo.
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