A nova temporada explora o sentimento paternal de Geralt pela princesa Ciri (Freya Allan). Como analisa essa parceria? Era algo que eu aguardava ansioso para que acontecesse. Geralt é um homem sábio e experiente, mas até agora não tinha passado esse conhecimento para alguém tão jovem e dependente dele. Ele tem de protegê-la e ensiná-la a se proteger. Claro, Geralt vai aprender muito com Ciri.
O figurino de Geralt chama a atenção pela maquiagem elaborada, peruca loira e uma justíssima calça de couro que virou meme. É difícil entrar no personagem? Qualquer roupa apertada como aquela é, no mínimo, um bom incentivo para que eu me mantenha na dieta. O figurino me ajuda a encarnar Geralt. Mas só a maquiagem leva em torno de uma hora e meia de preparação. Se uso armadura, lá se vai mais uma hora para ficar pronto.
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Antes da série, você já era fã dos livros da saga. O que o atrai na história? Gosto da ideia de que ninguém é bom ou mau. Todos ali vivem entre tons de cinza. Nem mesmo as pessoas de Nilfgaard, que invadiram o castelo de Ciri, são necessariamente vilãs, e essa temporada mostra isso. Elas vivem e constroem impérios a partir de perspectivas próprias. Eu me identifico com essa visão.
A presença feminina é muito forte na série, no elenco e nos bastidores. Como as mulheres dominaram uma trama tão masculina? Na verdade, penso que a fantasia é um gênero muito democrático, no qual tudo é possível para qualquer um. Sendo fã dos livros, fico encantado pelo olhar de Lauren (Hissrich, showrunner da série) sobre o lado feminino da trama.
Publicado em VEJA de 22 de dezembro de 2021, edição nº 2769
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