Gilberto Chateaubriand, maior colecionador de arte do país, morre aos 97
Diplomata e filho de Assis Gilberto Chateaubriand, ele tinha acervo de mais de 8 000 obras com a fina flor do modernismo e da arte contemporânea
Morreu nessa quinta-feira, 14, aos 97 anos, o diplomata Gilberto Chateaubriand, o maior colecionador de arte do Brasil. Dono de um acervo memorável de mais de 8 000 obras, Gilberto faleceu em sua fazenda, no interior de São Paulo, de causas naturais.
Filho do célebre empresário Assis Chateaubriand, fundador do Museu de Arte de São Paulo (MASP), com a francesa Jeanne Paulette Marguerite Allarde, Gilberto Francisco Renato Allard Chateaubriand Bandeira de Melo nasceu em Paris, em 1925.
Admirador das artes plásticas, acumulava uma coleção numerosa, na qual destacavam-se nomes consagrados do modernismo e da arte contemporânea nacional, como Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari e Lygia Clark. Em 1993, boa parte do acervo foi cedido ao Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, em regime de comodato.
No total, cerca de 500 artistas integram a coleção do diplomata, famoso pelo seu conhecimento profundo das peças que mantinha. A importância do acervo era tanta que ele chegou a ser transformado em livro em 2012, lançado em três volumes pela editora Barléu.